Mais de 300 pessoas foram impactadas com palestras de educação financeira com foco no diagnóstico e melhoria da saúde financeira
Visando cooperar para vidas financeiras mais sustentáveis, a Sicredi Araxingu realizou durante o mês de julho a Campanha Julho Verde, a ação foi realizada com o apoio da Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) e do Banco Central do Brasil (BCB) a partir da plataforma Meu Bolso em Dia FEBRABAN e da ferramenta Índice de Saúde Financeira do Brasileiro (I-SFB).
O mês de julho foi dedicado ao cuidado com a saúde financeira dos associados, colaboradores e comunidade.
Durante o mês, mais de 300 pessoas em 09 municípios aprenderam o que é saúde financeira, e realizaram o diagnóstico a partir do I-SFB. Os impactados passaram a entender seu perfil financeiro através de feedbacks, além de refletirem sobre comportamentos financeiros, aprenderam dicas e hábitos importantes na melhoria da saúde financeira.
Uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) aponta que para cada 100 casais, 46 brigam por causa de dinheiro. Cenários como esse demonstram a necessidade de uma comunicação financeira mais assertiva e transparente, os interesses individuais e coletivos, as metas conjugais e as necessidades precisam estar claras ao casal, ou seja, saber lidar com as diferenças financeiras pode evitar conflitos entre o casal.
"Muitas vezes, as pessoas se fecham, sem querer falar sobre o assunto, fazendo de conta que ele não existe. Endividados raramente falam sobre isso com a família, não pedem ajuda, podem ficar melancólicos e deprimidos, sem explicar o que realmente está acontecendo", diz Vera Rita de Mello Ferreira, presidente da Associação Internacional para Pesquisa em Psicologia Econômica (Iarep) e professora de psicologia econômica, finanças comportamentais e educação financeira.
O Brasil é o país da América Latina com mais casos de depressão, além de ser o mais ansioso do planeta, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). E uma das principais causas disso é o desequilíbrio financeiro. Segundo a professora Vera Rita, a instabilidade financeira pode afetar diretamente a saúde mental, mas o oposto também é verdadeiro.
"O endividamento gera estresse na maior parte das pessoas, e esse estresse leva a um adoecimento. Sentimentos de culpa, raiva, desânimo, depressão, ansiedade, angústia. Tudo isso pode ser gerado pelo endividamento e, quando esses sentimentos se aprofundam, podem sinalizar um distúrbio mental."