O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta quinta-feira (10) que a inflação de serviços no Brasil ainda preocupa.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta quinta-feira (10) que a inflação de serviços no Brasil ainda preocupa. Ele afirmou que o índice do segmento tem caído lentamente e ainda se encontra em um patamar acima da média. Declaração ocorreu durante audiência no Senado.
Campos Neto disse o BC tem conseguido realizar um "pouso suave" no combate à inflação e que o controle de preços tem sido obtido com "baixo custo" em termos de redução da atividade econômica, emprego e crédito.
"Se comparar a queda da inflação no Brasil, proporcional ao que aconteceu no emprego e crescimento econômico, a gente tem dificuldade de encontrar outro país no mundo que tenha conseguido cair a inflação, nesta mesma proporção, quase sem alteração no crescimento e com geração de emprego no mesmo período."
"Se comparar a queda da inflação no Brasil, proporcional ao que aconteceu no emprego e crescimento econômico, a gente tem dificuldade de encontrar outro país no mundo que tenha conseguido cair a inflação, nesta mesma proporção, quase sem alteração no crescimento e com geração de emprego no mesmo período."
"Então, a gente tem que olhar a inflação de 12 meses, mas levar em consideração que, no ano passado, no último semestre, a gente teve essa queda por conta da desoneração [do preço de combustível], que retornou, e, portanto, a inflação vai ter um movimento de alta de 12 meses de agora até o fim do ano", disse Campos Neto.
Campos Neto disse que a desoneração do preço de combustível no último semestre de 2022 impacta o índice atual e, quando retirado da conta, a inflação deve subir. Ele também citou que o núcleo da inflação de serviços –parâmetro que tira os itens mais voláteis– ainda continua elevado.