Os argentinos foram às urnas neste domingo, 13, para escolher quem serão os candidatos das eleições presidenciais de 22 de outubro.
Os argentinos foram às urnas neste domingo, 13, para escolher quem serão os candidatos das eleições presidenciais de 22 de outubro. O processo conhecido como Paso (Primárias, Abertas, Simultâneas e Obrigatórias) funciona como um funil para definir os participantes do pleito geral, selecionando os candidatos de cada coligação e eliminando os partidos nanicos. (quem tiver menos de 1,5% dos votos é impedido de concorrer). O eleitor primeiro define em qual chapa quer votar e, depois, quem é seu concorrente preferido. Se deseja votar em diferentes chapas para o Executivo e o Legislativo, ele deve dividir a cédula ao meio. A maioria dos distritos usa voto em papel, mas há alguns com urnas eletrônicas. Em algumas delas houve problemas no sistema, gerando filas. Foi cogitado a extensão do horário de votação para além das 18h, mas a Justiça Eleitoral não permite.
A pré-candidata Patricia Bullrich, do Juntos pela Mudança, demorou 12 minutos para votar. “Tive que votar cerca de sete vezes. Mudaram minha máquina porque não funcionou e tive que fazer de novo em uma nova máquina”, disse a ex-ministra de Segurança. “A votação presidencial foi absolutamente tranquila, como sempre, mas a máquina falhou comigo. Eu votava em uma lista e acabava com outra lista na qual não queria votar. A máquina também não imprimiu. Obviamente, viram o meu voto porque não havia outra forma. Parece-me que os sistemas eleitorais têm de ter maturidade, têm de ser testados, trabalhados para ver se funcionam”, acrescentou. Ela é favorita na disputa interna de sua chapa, de centro-direita, contra Horacio Larreta, atual chefe de governo de Buenos Aires.
No governista União pela Pátria, Sergio Massa, ministro da Economia do governo de Alberto Fernández, ganhou de última hora a concorrência do líder sindical Juan Grabois. Massa é o favorito, apesar dos altos índices de inflação e de pobreza no país. Aliado de Cristina Kirchner, Grabois chegou a se opor à atual gestão em alguns momentos. “Tenho 40 anos de democracia. Meu desejo é que cuidemos disso. Que seja real, com plenos direitos. Espero que este processo eleitoral seja para uma Argentina mais humana”, declarou o sindicalista, após dar seu voto. Já o ministro declarou que espera que “os argentinos votem pensando em seu país e no que queremos ser”.