O advogado Bernardo Fenelon tomou a decisão de se desvincular da defesa do tenente-coronel Mauro Cid, que anteriormente atuou como ajudante de ordens do político Jair Bolsonaro do partido PL.
O advogado Bernardo Fenelon tomou a decisão de se desvincular da defesa do tenente-coronel Mauro Cid, que anteriormente atuou como ajudante de ordens do político Jair Bolsonaro do partido PL. Essa determinação de saída foi tornada pública logo após a divulgação de documentos originados da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) referente ao evento ocorrido em 8 de janeiro. Os documentos expuseram uma transação envolvendo um relógio Rolex, que o militar teria negociado no início da semana.
Conforme informações da Polícia Federal (PF), há a suspeita de que Cid tenha efetuado a venda do relógio Rolex por um montante de US$ 68 mil, equivalente a cerca de R$ 346 mil com base na atual cotação do dólar. O valor resultante da transação teria sido depositado em espécie na conta do pai de Cid, o general Mauro Lourena Cid. É relevante mencionar que o relógio em questão foi um presente oferecido pela Arábia Saudita ao governo brasileiro.
Além desse fato, um relatório elaborado pela Polícia Federal também menciona que o tenente-coronel teria estabelecido uma suposta combinação com seu pai, o general Lourena Cid, no sentido de efetuar a entrega de US$ 25.000 em dinheiro vivo ao então presidente Jair Bolsonaro. Bernardo Fenelon, por sua vez, comunicou sua saída da defesa de Cid, citando “questões íntimas” como razão, mas sem entrar em detalhes sobre a natureza específica do motivo que o levou a tomar essa decisão. No momento, o profissional que irá substituí-lo na defesa ainda não foi escolhido.