Condenado a 30 anos de prisão pela morte da filha Isabella, em 2008, Alexandre Nardoni pediu à Justiça de São Paulo a redução de sua pena por trabalho e leitura.
Condenado a 30 anos de prisão pela morte da filha Isabella, em 2008, Alexandre Nardoni pediu à Justiça de São Paulo a redução de sua pena por trabalho e leitura. O pedido, feito na última quinta-feira (24), ainda não foi analisado.
Nardoni já cumpriu cerca de 15 anos da pena na Penitenciária Dr. José Augusto César Salgado, conhecida como P2, em Tremembé, no interior de São Paulo.
A solicitação feita pela defesa do detento prevê a redução de 96 dias da pena. A maior parte do pedido, de 92 dias, é por conta de 277 dias que Nardoni trabalhou na unidade, entre maio de 2022 e junho de 2023.
O detento pede ainda a remição de mais quatro dias pela leitura do livro “Carta ao Pai”, de Franz Kafka, em maio deste ano. A leitura faz parte do programa de incentivo chamado “Lendo a Liberdade”.
Além disso, no pedido feito à Justiça, a defesa de Alexandre menciona que ele tem “boa conduta carcerária e nenhuma falta disciplinar grave”.
Pela legislação brasileira, a cada três dias trabalhados, o preso pode abater um dia de pena, desde que seja autorizado pela Justiça.
No caso de Nardoni, o pedido de remição pelo trabalho foi aceito pelo juiz da Vara de Execuções Criminais de Tremembé. No entanto, a Justiça ainda não se pronunciou sobre a remição pela leitura.
Alexandre Nardoni e a esposa, Anna Carolina Jatobá, foram condenados pela morte da menina Isabella, de 5 anos, em março de 2008. Segundo a acusação, a menina foi asfixiada e jogada de um prédio em São Paulo. O pai pegou 30 anos de prisão e a madrasta da menina, 26 anos.
Nardoni cumpre pena na P2 desde 2008. Em 2019, ele também já obteve o benefício do regime semiaberto, podendo fazer saidinhas temporárias. Mas ele passa a maior parte do tempo estudando dentro do presídio.
Já Anna Jatobá obteve a progressão de pena para o regime aberto, há dois meses. Desde que deixou o presídio, a madrasta mora em um apartamento do sogro, Antônio Nardoni, em Santana, na Zona Norte de São Paulo.