A boa relação do senador licenciado e ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, com o ministro dos Transportes, Renan Filho, foi fundamental na garantia de recursos para as obras de pavimentação das rodovias federais que cortam Mato Grosso, a exemplo da BR-158, na região do Araguaia.
Em entrevista ao Jornal da Cultura, nesta segunda-feira (11.09), Carlos Fávaro explicou que assim que assumiu como ministro tem acompanhado a liberação do componente indígena e licenciamento ambiental das rodovias federais 158, 242 e 080.
"Rodovia é para levar cidadania, ambulância, transporte escolar. Fazer rodovias e ferrovias é fundamental para o desenvolvimento do país. Por isso acompanho de forma muito dedicada com o ministro Renan Filho todas as obras de infraestrutura do Brasil", explicou Fávaro.
Segundo Fávaro, na política é preciso elegância e gentileza ao tratar certos assuntos. O comentário foi ao ser questionado sobre o embate protagonizado principalmente pelo secretário da Casa Civil, Fábio Garcia, de que o ministro teria mentido quando ficou sabendo do pedido do Governo do Estado para que os recursos destinados às obras da BR-158 fossem remanejados para a do Rodoanel, em Cuiabá.
"A gente tem que ser comedido e equilibrado. Começaram a ter palavras de baixo calão. Eu não chamei ninguém de mentiroso, eu simplesmente trouxe a verdade dos fatos […] esse é um sonho do Araguaia que está a tanto tempo sendo esperado pela população essas pavimentações, quando agora está chegando a hora da gente começar a ter licença, e não será uma só, pediu o remanejamento do dinheiro? Aí depois tem licença e não tem dinheiro".
Na semana passada o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) emitiu a licença de instalação para obras de pavimentação na BR-158, no trecho que faz o contorno na Terra Indígena de Maraiwatsede (1085 km de Cuiabá). A decisão do Ibama era o passo que faltava para o início das obras, num total de 120 km a serem pavimentados.
As obras foram divididas em dois lotes, cortando os municípios de Bom Jesus do Araguaia, Serra Nova Dourada e Alto Boa Vista. O trecho foi licitado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). O lote A é de 93,99 km, e está orçado em R$ 179 milhões. O lote B, de 101 km, tem orçamento previsto de R$ 249 milhões.
PBN Online