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Restrição de liberdadeDe acordo com a Polícia Civil, o pai da vítima procurou a delegacia especializada no dia 4 de maio e declarou que o filho estava em poder do grupo criminoso, que exigia dinheiro para liberá-lo. Na ocasião, uma equipe da Derf foi até o local onde estava a vítima que, temendo por sua vida, declarou que os suspeitos não tinham lhe açoitado. O homem apresentava diversos hematomas. A investigação apurou que a vítima foi abordada pelo grupo criminoso na Avenida República do Líbano, no estacionamento de um posto de combustíveis, em Cuiabá. Na sequência, o pai da vítima recebeu uma ligação telefônica, feita do aparelho celular do filho, onde o interlocutor dizia que credores queriam receber dívidas contraídas pelo rapaz. O pai chegou a oferecer um veículo avaliado em R$ 80 mil, contudo, os criminosos disseram que a camionete não quitaria a dívida.Cinco suspeitos do crime foram detidos e encaminhados à Derf Cuiabá. Interrogados, um deles alegou que a vítima lhe devia R$ 40 mil e em relação às agressões, negou que seria o mandante da extorsão.
A vítima disse que a ação criminosa começou após receber um pedido para se encontrar com um credor. Ao chegar ao local combinado, foi ameaçada, caso não quitasse as dívidas. No local estavam o credor e outras quatro pessoas. Os suspeitos exigiram uma caminhonete como pagamento parcial da dívida e se apossaram da chave do veículo, impedindo que o rapaz saísse do local. "Justiceiros" Indícios coletados pela equipe de investigação derrubaram as versões apresentadas pelos cinco investigados, que foram interrogados na Derf Cuiabá. A vítima, receosa pela sua integridade física e de seus familiares, isentou os criminosos no dia em que foram conduzidos à delegacia. A investigação apurou que um dos criminosos, B.R.P. foi o responsável por armar o encontro com a vítima e, no local combinado, restringiram a liberdade e iniciaram as extorsões e agressões. A vítima permaneceu por horas em poder dos criminosos sendo agredida. "As ações foram registradas com a finalidade de humilhar e difundir o modo de execução do crime com o anseio de assumirem um papel de justiceiros", explicou o delegado Guilherme de Carvalho Bertoli. Os quatro "cobradores" foram os executores das agressões contra a vítima e agiram a mando dos investigados B.R.P., de 39 anos, e R.G.D.S., de 35 anos, e teriam comissões caso conseguissem receber as dívidas.Nome da operação Piraim é um tipo de chicote trançado, geralmente confeccionado com couro bovino.