O São Paulo começa em vantagem a final da Copa do Brasil, contra o Flamengo, no Morumbi — a bola rola às 16h (de Brasília).
O São Paulo começa em vantagem a final da Copa do Brasil, contra o Flamengo, no Morumbi — a bola rola às 16h (de Brasília). Depois de uma bela vitória sobre o Rubro-Negro por 1 a 0, no Maracanã, o time treinado por Dorival Júnior necessita de apenas um empate para agarrar a taça pela primeira vez. O Tricolor, porém, precisa ligar o sinal de alerta para não ver uma tragédia se repetir. Há 23 anos, os são-paulinos ficaram muito perto de ser campeão na competição nacional. Na ocasião, os tricolores chegaram a ficar em vantagem diante do Cruzeiro, mas levaram uma dolorosa virada no Mineirão e acabaram com o vice-campeonato. O título escapou por apenas três minutos.
Na Copa do Brasil de 2000, o São Paulo passou por Comercial (MS), Sinop (MT), América-RN, Palmeiras e Atlético-MG até chegar à decisão. Na primeira final, realizada no Morumbi, as equipes fizeram um jogo duro e não saíram do 0 a 0. Na grande finalíssima, disputada no Mineirão, o placar também terminou zerado no primeiro tempo, mas o jogo virou uma loucura na etapa complementar. Aos 21 minutos, Marcelinho Paraíba bateu falta sem ângulo, direto para as redes e fez a festa dos são-paulinos. Nove minutos depois, Alexandre ainda teve a oportunidade de liquidar o confronto, mas desperdiçou contra-ataque para o Tricolor. Sem alternativa, o Cruzeiro se lançou ao ataque e igualou com Fábio Júnior, em bola tabela com Muller, aos 34 minutos. O resultado, entretanto, ainda dava a taça aos paulistas, já que o gol qualificado era um critério de desempate.
Empurrado por mais de 80 mil torcedores, o Cruzeiro virou já aos 44 minutos do segundo tempo, a partir de um vacilo na saída de bola do São Paulo. Após um recuo errado de Axel, o zagueiro Rogério Pinheiro precisou puxar Geovanni para não sair cara a cara com Rogério Ceni, recebendo o cartão vermelho. Na batida da falta, o próprio Geovanni chutou entre os são-paulinos que estavam na barreira, surpreendendo o arqueiro rival e fazendo o 2 a 1. Com apenas dois minutos de acréscimos, o Tricolor ainda quase igualou com Marcelinho Paraíba, mas a defesa afastou em cima da linha. A festa foi mineira.
Histórico recente também preocupa
O trauma do São Paulo também não está atrelado ao passado tão distante. Na temporada passada, o Tricolor perdeu duas finais e acabou a temporada sem títulos. No Paulistão, o time chegou a ganhar do Palmeiras por 3 a 1 na partida de ida, mas foi derrotado por 4 a 0 na grande decisão, no Allianz Parque. Já na Copa Sul-Americana, definida em jogo único, os são-paulinos amargaram uma derrota para o Independiente del Valle (Equador) por 2 a 0. Desta forma, Dorival Júnior precisou responder sobre como o clube está trabalhando a parte mental dos atletas para que os erros não se repitam no domingo, contra o Flamengo.
“Eu não estou trabalhando desde o mês passado. Eu estou trabalhando essa equipe desde abril, quando eu cheguei aqui em São Paulo. Eu estou condicionando para que eles se preparassem para chegar a uma decisão. Graças a Deus, acabou acontecendo. Não tenho dúvidas que eles estão estarão atentos a todas as situações possíveis. Agora, é um jogo e tudo pode acontecer, principalmente quando se enfrenta uma equipe qualificada como a do Flamengo. Então, temos que ter todos os cuidados possíveis. Em razão disso, nós estamos trabalhando com muita intensidade para que não voltemos a repetir alguns erros que já aconteceram. Os próprios jogadores pontuam isso. Então, se concentrem, se preparem, treinem e se dediquem. Assim como foi no Maracanã, quando os jogadores se entregaram. É aquilo que o torcedor quer ver no domingo”, declarou o treinador, em entrevista coletiva após a derrota para o Fortaleza, na última quarta-feira, 20.