A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou nesta segunda-feira, 25, a tirzepatida para tratamento de diabetes mellitus tipo 2.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou nesta segunda-feira, 25, a tirzepatida para tratamento de diabetes mellitus tipo 2. O remédio, que será vendido sob a alcunha de Monjuaro, é uma injeção semanal que melhora o controle da taxa de açúcar no sangue de pacientes adultos, semelhante ao Ozempic. De acordo com a Anvisa, a tirzepatida destina-se a ser um tratamento adjuvante à dieta e exercícios. “A substância é o primeiro receptor dual de polipeptídeo insulinotrópico dependente de glicose (GIP) e agonista do receptor de peptídeo-1 semelhante ao glucagon (GLP-1)”, afirma a autoridade sanitária. O diabetes é um problema de saúde global que afeta aproximadamente 463 milhões de adultos (20 a 79 anos de idade) mundialmente, com o tipo 2 sendo responsável por aproximadamente 90% de todos os diabetes no mundo, segundo estudo de 2019 da Federação Internacional de Diabetes (IDF na sigla em inglês).
A pesquisa também aponta que a diabetes tipo 2 é uma das principais causas de insuficiência renal, cegueira, amputação e doenças cardiovasculares, e essas complicações são as principais causas de óbito na maioria dos países. Espera-se que a prevalência mundial de diabetes aumente ao longo do tempo. No ano de 2030, a projeção é de 578,4 milhões de adultos com idade entre 20 e 79 anos e, no ano de 2045, a expectativa é de que 700,2 milhões viverão com diabetes. Estudos evidenciaram que a tirzepatida reduz efetivamente a hemoglobina glicada (HbA1c), indicador de altos níveis de glicemia no sangue, e espera-se que resulte em redução do risco de doença microvascular a longo prazo, prevenindo cegueira, insuficiência renal com necessidade de diálise e amputação devido à neuropatia.
Além disso, segundo a Anvisa, a tirzepatida parece fornecer controle glicêmico superior a algumas outras terapias disponíveis. Outro benefício dessa droga é a perda de peso, “uma vez que o sobrepeso e a obesidade contribuem para a fisiopatologia da diabetes mellitus tipo 2”. As reações adversas mais comuns estão relacionadas à tolerabilidade gastrointestinal e diminuição do apetite. Na dose mais alta de 15 mg, 6,6% dos pacientes descontinuaram a tirzepatida devido a eventos adversos gastrointestinais. “Essas reações adversas são facilmente identificáveis por pacientes que podem optar por descontinuar a terapia sem danos residuais e espera-se que a dose seja titulada clinicamente de acordo com a tolerabilidade e as necessidades de controle glicêmico”, alerta a Anvisa.