A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) encerrou suas atividades na terça-feira (26), sem a votação do relatório final do deputado Ricardo Salles (PL-SP).
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) encerrou suas atividades na terça-feira (26), sem a votação do relatório final do deputado Ricardo Salles (PL-SP). O relator havia pedido o indiciamento de 11 pessoas, mas os deputados governistas pediram vista coletiva por duas sessões, o que impediu a aprovação do texto.
O presidente da CPI, Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS), afirmou que o encerramento sem votação do relatório final se deu porque o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) "joga baixo". "A CPI ficou condenada a encerrar suas atividades quando convocou o ministro das invasões [referindo-se ao ministro da Casa Civil, Rui Costa]. Esse governo federal joga baixo, isso prejudicou diretamente a aprovação do relatório, uma vez que tínhamos e temos votos para aprovar", disse Zucco.
Sem um relatório final aprovado, os deputados de oposição que integraram a CPI querem enviar o texto de Salles para as autoridades competentes, como a Procuradoria Geral da República (PGR). Em conversa com jornalistas nesta quarta-feira (27), o relator afirmou que enviará seu parecer para a PGR.
"O trabalho desta CPI e de todos os integrantes será entregue nas mãos do procurador-geral da República, das procuradorias regionais e todas as autoridades de todos os abusos que foram identificados", afirmou Salles. "Entendo que o trabalho da CPI chegou ao bom termo, ainda que manobras regimentais e governamentais tenham impedido e o relatório não tenha sido votado. Se tivesse sido votado ontem, teria sido aprovado", declarou.