A PF (Polícia Federal) investiga empresas suspeitas de comercializar ilegalmente quase R$ 10 bilhões em ouro extraído da Amazônia Legal.
A PF (Polícia Federal) investiga empresas suspeitas de comercializar ilegalmente quase R$ 10 bilhões em ouro extraído da Amazônia Legal. Nesta semana, a corporação realizou a Operação Ouropel para combater crimes relacionados à comercialização de ouro no local, como usurpação de bens públicos, lavagem de dinheiro, crimes ambientais ligados à garimpagem ilegal e associação criminosa. Na ação, foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão em Itaituba e Novo Progresso, no Pará, e em Cuiabá, no Mato Grosso. Mais de 50 policiais federais cumpriram os mandados expedidos pela Justiça Federal, que também determinou o bloqueio de bens de mais de R$ 290 milhões, além da suspensão de atividades ligadas à mineração de oito pessoas físicas e jurídicas que, juntas, possuem 112 processos minerários tramitando em seus nomes, todos agora suspensos. A suspensão também atinge uma pessoa jurídica que adquiriu bilhões de reais em ouro da Amazônia nos últimos anos. “O inquérito policial que deu origem à operação teve início em junho de 2023 e já constatou o ‘esquentamento’ de mais de uma tonelada de ouro com Permissões de Lavra Garimpeira (PLG) correspondentes a áreas situadas na bacia do rio Tapajós. As PLGs suspensas se referem a imóveis nas cidades de Itaituba e Jacareacanga”, informou a PF. São investigadas pessoas jurídicas, incluindo Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários (DTVMs) e cooperativas de garimpeiros por declararem a aquisição de cerca de 37 toneladas de ouro da Amazônia Legal, à época, no valor aproximado de quase R$ 10 bilhões (R$ 14 bilhões em valores atuais), de janeiro de 2021 a setembro de 2023.