A Arábia Saudita e a Rússia anunciaram nesta quarta-feira (5) a prorrogação dos seus cortes voluntários na produção e exportação de petróleo até o final do ano.
A Arábia Saudita e a Rússia anunciaram nesta quarta-feira (5) a prorrogação dos seus cortes voluntários na produção e exportação de petróleo até o final do ano. A medida, que visa equilibrar o mercado e elevar os preços, foi tomada em meio à recuperação da demanda global por petróleo.
Riade disse que continuará a reduzir a sua produção de petróleo em 1 milhão de barris por dia (bpd). A produção para novembro e dezembro será de aproximadamente 9 milhões de bpd, informou o Ministério da Energia da Arábia Saudita em comunicado.
“Esta decisão de corte voluntário será revista no próximo mês para considerar o aprofundamento do corte ou o aumento da produção”, disse o ministério.
Ao mesmo tempo, o vice-primeiro-ministro russo, Aleksandr Novak, reafirmou que Moscou continuaria a reduzir as suas exportações de petróleo em 300.000 bpd até o final do ano. Ele acrescentou que a Rússia irá rever a decisão no próximo mês, após analisar o mercado.
“No próximo mês será feita uma análise de mercado para tomar uma decisão sobre aprofundar a redução ou aumentar a produção de petróleo. Isto se soma à redução voluntária anunciada anteriormente pela Rússia em abril de 2023, que durará até o final de dezembro de 2024”, explicou Novak.
A Rússia já se comprometeu a reduzir a produção de petróleo bruto em cerca de 500 mil bpd, ou quase 5% da sua produção, de março até o final deste ano.
A OPEP+, que compreende a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e aliados, incluindo a Rússia, concordou em outubro passado em reduzir a sua produção em cerca de 2% da procura mundial desde novembro passado até o final de 2023. O grupo concordou mais tarde em prolongar as restrições até o final de 2024 em um esforço para equilibrar o mercado.
Os preços globais do petróleo aumentaram significativamente desde que a Rússia e a Arábia Saudita anunciaram cortes na oferta no início de julho, com o petróleo Brent a subir de cerca de 76 dólares por barril para quase 89 dólares atualmente.