Conforme dados divulgados nesta sexta-feira (06.10) pelo Deter, sistema do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a taxa de desmatamento na Amazônia em Mato Grosso (MT) apresentou redução no mês de setembro. Essas informações, que são fundamentais para o combate ao desmatamento no país, revelam um cenário um pouco mais otimista, embora a preocupação permaneça.
No mês de agosto, o Inpe registrou o desmatamento de uma área de 165,1 km² na Amazônia mato-grossense. Já em setembro, esse número caiu para 116,25 km², representando uma variação de -29,58%. Apesar da queda, Mato Grosso continua na vice-liderança nacional em termos de destruição da Amazônia. De acordo com o Inpe, os piores índices de desmatamento na região amazônica foram registrados no Pará (282,2 km²), Mato Grosso (116,5 km²) e Amazonas (94,6 km²).
A queda no desmatamento observada em Mato Grosso também está ocorrendo em toda a região amazônica, mesmo com o início da temporada de seca, quando tradicionalmente são registrados os piores índices do ano. Nacionalmente, os números caíram de 1.454,7 km² para 590,3 km² de destruição entre agosto e setembro deste ano.
Desde abril, o governo do presidente Lula (PT) tem destacado o aumento das ações de fiscalização, incluindo embargos, multas, apreensões e destruição de equipamentos utilizados no desmatamento, em resposta ao crime ambiental. No caminho oposto ao adotado pelo governo anterior.
Sistemas de monitoramento
O Deter desempenha um papel crucial no monitoramento e alertas de desmatamento, auxiliando as ações do Ibama e outros órgãos de fiscalização. Vale ressaltar que esses resultados representam um alerta precoce, mas não são os dados finais do desmatamento.
Os números oficiais sobre o desmatamento são provenientes de outro sistema do Inpe, o Prodes (Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite), e são divulgados duas vezes ao ano.
PBN Online