"Estamos criando condições para que a execução penal facilite a vida social e minimize a reincidência ou a prática de crimes. A ferramenta de entrega da dignidade, do trabalho remunerado, será um fator decisivo para que as conquistas que estão sendo consolidadas hoje sejam ainda mais amplas no futuro."
Estrutura – A unidade carcerária possui 261 recuperandos, destes, 30 participam de atividades de estudo, 130 fazem remição pela leitura, 15 trabalham extramuro e 16 intramuro.
Reunião com prefeitos – Durante a visita a unidade, o líder do GMF se reuniu com os gestores municipais de Barra do Garças e Pontal do Araguaia para observar as parcerias realizadas com o Judiciário mato-grossense e o Governo Estadual por meio da Fundação Nova Chance (Funac).
"Estamos trabalhando para aumentar ainda mais a parceria com os municípios e o empresariado. Queremos ampliar a contratação da mão de obra de pessoas privadas de liberdade. Empregabilidade, leitura e o estudo, com a oferta de cursos profissionalizantes, são formas inteligentes de ressocialização, para reinserir essas pessoas no bom convívio com a sociedade."
De acordo com o prefeito de Barra do Garças, Adilson Gonçalves, o objetivo da reunião foi ratificar as parcerias já firmadas com o Poder Judiciário e Cadeia Pública. "Hoje nós temos diversos reeducandos que prestam excelentes serviços para o nosso município e nós queremos ampliar essa parceria. Acredito que somente com o trabalho nós iremos conseguir levar dignidade para essas pessoas que estão terminando de cumprir suas penas."
Projeto de acessibilidade – Um dos destaques da unidade é o projeto de acessibilidade realizado em parceria com a Prefeitura de Pontal do Araguaia e que oferece, através da mão de obra de recuperandos, adaptações estruturais em residências de pessoas com deficiência e/ou mobilidade reduzida do município.
Segundo o prefeito de Pontal do Araguaia, Adelcino Lopo, a iniciativa completa dois anos de muito sucesso.
"É um projeto social onde a prefeitura entra com o recurso para compra dos materiais e a mão de obra é de reeducandos. Pegamos casas de pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida e fazemos as adaptações de acessibilidade necessárias nos banheiros, nos quartos e nas cozinhas. É impressionante e muito emocionante, justamente por ver a emoção das pessoas ao receberem as reformas concluídas, pois elas jamais teriam condições de fazer as adaptações sem o apoio do município, do Poder Judiciário e dos recuperandos", conclui o gestor municipal.
A visita da comitiva do GMF contou também com a participação do coordenador do GMF, juiz Geraldo Fernandes Fidélis Neto, do secretário-adjunto de Administração Penitenciária, Jean Carlos Gonçalves, e do presidente da Funac, Winkler de Freitas Teles.