O Egito mantém a saída da Faixa de Gaza fechada para estrangeiros pelo segundo dia seguido.
O Egito mantém a saída da Faixa de Gaza fechada para estrangeiros pelo segundo dia seguido. No domingo, 5, o governo do Egito informou que não pretende liberar novas autorizações de saídas de estrangeiros da Faixa. A motivação seria uma retaliação a Israel por ataques que deixaram feridos. No sábado, 4, um funcionário que trabalha na fronteira de Rafah afirmou que o grupo terrorista Hamas suspendeu a passagem de estrangeiros em retaliação à Israel. “Nenhum titular de passaporte estrangeiro poderá sair da Faixa de Gaza até que os feridos que precisam ser evacuados dos hospitais no norte da Faixa possam ser transportados pela passagem de Rafah até o Egito”. De acordo com o funcionário, que preferiu não se identificar, o motivo para essa suspensão seria o fato de que Israel se recusa a evacuar palestinos feridos para receberem tratamento em hospitais do Egito.
No mesmo dia, a Embaixada de Israel no Brasil afirmou, por meio de nota oficial, que o Hamas está impedindo a saída de cidadãos brasileiros de Gaza para o Egito. Como parte do acordo entre Israel, Egito e Hamas, mais 599 estrangeiros foram autorizados a deixar Gaza em direção ao Egito no sábado. Os brasileiros, no entanto, ainda não conseguiram liberação para deixar o local. Conforme mostrou o site da Jovem Pan, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que a previsão para que os brasileiros sejam repatriados é até a próxima quarta-feira, 8.
Até o momento, já deixaram Gaza civis dos Estados Unidos, Reino Unido, Itália, Indonésia, Alemanha, México e outros países. Segundo o embaixador do Brasil no Egito, Paulino Franco de Carvalho Neto, a saída de brasileiros depende exclusivamente de uma autorização das autoridades israelenses. “Para o governo egípcio, segundo nos foi dito mais de uma vez, não há qualquer dificuldade para autorizar imediatamente a entrada dos brasileiros no Egito, no entendimento de que eles irão em seguida para o Brasil”, disse Paulino. “A expectativa egípcia é que o processo dure duas semanas, porque disseram que não há como tirar mais de 500 pessoas por dia da zona de guerra”, acrescentou. Enquanto o grupo aguarda ser repatriado no epicentro da guerra no Oriente Médio, outros 30 brasileiros foram resgatados na Cisjordânia, nesta quinta-feira, 2.