Reunião entre Biden e Xi Jinping busca reduzir tensões entre as duas potências mundiais

Os presidentes dos Estados Unidos e da China, Joe Biden e Xi Jinping, se reuniram nesta quarta-feira (15) na Califórnia, em sua primeira conversa em um ano. O encontro, que ocorreu à margem da cúpula da Apec, foi marcado pela defesa da redução das tensões entre as duas potências.

Ao se encontrarem, Biden e Xi trocaram apertos de mão e sorrisos. O presidente americano cumprimentou o líder chinês depois que ele saiu de uma limusine preta no opulento Filoli Garden, na Califórnia, a menos de 50 km de São Francisco.

A conversa entre os dois líderes é uma tentativa de moderar o tom das relações entre os Estados Unidos e a China, que se deterioraram nos últimos anos. As duas potências divergem em questões como Taiwan, sanções e intercâmbio comercial.

O encontro entre Biden e Xi foi o primeiro desde novembro de 2022, quando eles se encontraram na Indonésia. As relações entre os Estados Unidos e a China esfriaram ainda mais depois que os Estados Unidos derrubaram um suposto balão espião chinês em fevereiro.

A reunião entre os dois líderes incluiu um almoço de trabalho. Biden realizará uma conferência de imprensa individual na tarde desta quarta-feira para anunciar os resultados do encontro.

Uma aproximação entre Pequim e Washington poderia beneficiar os conflitos armados em todo o mundo, como o que se desenrola entre Israel e o Hamas.

Biden fez questão de sublinhar nas vésperas da reunião de cúpula que os Estados Unidos não estão tentando "separar-se da China", mas sim "mudar a relação para melhor". Ele disse querer "voltar ao ritmo normal de correspondência, podendo pegar o telefone e conversar em caso de crise".

A China observou que Xi e Biden discutirão "paz mundial e desenvolvimento", acrescentando que não tem "medo da concorrência".

O Kremlin, por sua vez, considerou o encontro entre Biden e Xi como "importante". "Toda reunião entre representantes das duas maiores economias do planeta é importante para todos", disse Dmitry Peskov, porta-voz do presidente russo, Vladimir Putin.

(Com informações da AFP)