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Governador diz que quem comprou mercúrio ilegal deve responder na Justiça

O governador Mauro Mendes (União Brasil) voltou a tentar desacreditar a Polícia Federal, a Justiça Federal e o Superior Tribunal de Justiça sobre a Operação Hermes II, na qual o filho dele, Luis Antônio Taveira Mendes, foi alvo recentemente.


Foto: Reprodução internet

O governador Mauro Mendes (União Brasil) voltou a tentar desacreditar a Polícia Federal, a Justiça Federal e o Superior Tribunal de Justiça sobre a Operação Hermes II, na qual o filho dele, Luis Antônio Taveira Mendes, foi alvo recentemente. A Operação é referente a uma investigação da PF e do Ibama sobre a atuação de uma organização criminosa voltada a crimes ambientais e mineração ilegal de ouro.

Mauro Mendes, além de questionar a ação policial e da Justiça, entrou em contradição sobre o que ele próprio disse sobre a operação, antes da deflagração da segunda fase, quando houve o cumprimento de 34 mandados de busca e apreensão.

“É um grande equívoco da Polícia Federal e isso vai ser demonstrado nos autos. É um grande equívoco, mas isso vai ser demonstrado com tranquilidade. Quem está ao lado da verdade de Deus não teme nada, não tem a menor preocupação”, disse o governador, durante a solenidade de posse da nova Mesa Diretora do Tribunal de Contas do Estado, em Cuiabá.

Mudança no discurso

Em entrevista ao UOL há quatro meses, Mauro Mendes foi questionado ainda sobre a primeira fase da Operação Hermes. Irritado ao ser perguntado sobre o envolvimento do filho, passou a atacar a imprensa. Em seguida, disse que não houve compra de mercúrio ilegal e que a empresa da qual o filho dele é sócio agiu de boa-fé. “Terceiro de boa-fé não existe? Por que está acusando o meu filho?”, disse Mendes na entrevista. Veja no vídeo abaixo.

Nesta terça-feira, no entanto, Mendes mudou o discurso. “Ele [Luis Antônio Taveira Mendes] não era administrador. Ele já saiu há algum tempo da administração. Se alguém cometeu o erro de comprar – porque não fez, comprou – a empresa vai ter que responder quem fez alguma coisa errada”.

 

A Operação

A Polícia Federal e o Ibama deflagraram no dia 8 de novembro a Operação Hermes (Hg) II, com o objetivo de apurar e reprimir crimes contra o meio ambiente, especialmente por meio do comércio e uso ilegal de mercúrio, organização e associação criminosa, receptação, contrabando, falsidade documental e lavagem de dinheiro. Foram cumpridos 34 mandados de busca e apreensão em Mato Grosso, Amazonas, São Paulo e Rio de Janeiro.

Os crimes em apuração estão relacionados ao contrabando e acobertamento de mercúrio, que tem por destino final o abastecimento de garimpos.

Na Operação Hermes (Hg) I, deflagrada em dezembro de 2022, e que foi a maior operação policial do país deflagrada para desarticulação de uso ilegal de mercúrio, os policiais investigaram uma empresa com sede em Paulínia (SP), que utilizava criminosamente de suas atividades autorizadas para produzir créditos falsos de mercúrio em sistema do Ibama.

A partir da análise de milhares de fontes bases (documentos e dispositivos eletrônicos), durante mais de dez meses, a Polícia Federal identificou uma extensa cadeia organizada de pessoas físicas e jurídicas envolvidas no esquema ilegal de comércio de mercúrio e ouro extraído de garimpos na Amazônia e retirou sete toneladas de créditos de mercúrio dos sistemas do Ibama.

A Operação Hermes (Hg) II, deflagrada este mês, serviu para aprofundar as investigações, buscando provas do funcionamento desse esquema, do envolvimento dessas pessoas, especialmente os principais responsáveis pelo comércio e os respectivos compradores finais do mercúrio ilegal, além de identificar o patrimônio construído para ocultar a atividade ilícita e os ganhos oriundos dela. A Polícia Federal chegou a pedir a prisão de Luis Antônio Taveira Mendes, mas o pedido foi negado pela Justiça.

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POLÍTICA Garimpo Manchete Mauro Mendes Mercúrio Operação Operação Hermes Ouro Polícia Federal

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