A China disse nesta terça-feira (21) que está pronta para colaborar com a Argentina, logo após o libertário de direita Javier Milei, que tem criticado Pequim, garantir a vitória no segundo turno presidencial do país sul-americano, conforme relatado pela CNBC.
A China disse nesta terça-feira (21) que está pronta para colaborar com a Argentina, logo após o libertário de direita Javier Milei, que tem criticado Pequim, garantir a vitória no segundo turno presidencial do país sul-americano, conforme relatado pela CNBC. Milei, que derrotou confortavelmente o ministro peronista da Economia, Sergio Massa, no domingo, abordou abertamente a questão da China durante a campanha e prometeu congelar as relações com um dos parceiros comerciais mais significativos da Argentina.
O presidente eleito afirmou que a Argentina não colaborará mais com regimes “comunistas”, alegadamente comparou o governo de Pequim a um “assassino” e afirmou que o povo chinês “não era livre”. O mandato de quatro anos de Milei começará em 10 de dezembro. Recentemente, Diana Mondino, uma economista cotada para se tornar ministra das Relações Exteriores na administração de Milei, foi citada como tendo dito que a Argentina deixaria de interagir com os governos do Brasil e da China, segundo a agência de notícias estatal russa RIA Novosti.
Questionado na terça-feira sobre os comentários de Mondino, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, contestou o resumo das observações de Mondino e disse que Mondino afirmou em sua entrevista “que algumas pessoas no mundo interpretaram mal a política externa do presidente eleito Milei”. “Nenhum país poderia encerrar relações diplomáticas e ainda assim participar do comércio econômico e da cooperação”, afirmou Mao. “Seria um grande erro de política externa se a Argentina cortasse relações com países importantes como a China ou o Brasil. A China é um parceiro comercial crucial para a Argentina, e o governo recém-eleito valoriza as relações, especialmente os laços comerciais entre os dois países.”