O governador Mauro Mendes (UB) atribuiu a nova onda de focos de queimadas e destruição, especialmente na região mato-grossense do Pantanal, a fatores climáticos, como a queda de raios, e ao impedimento legal de uso das áreas de pastagem.
O governador Mauro Mendes (UB) atribuiu a nova onda de focos de queimadas e destruição, especialmente na região mato-grossense do Pantanal, a fatores climáticos, como a queda de raios, e ao impedimento legal de uso das áreas de pastagem. Para o chefe do Executivo não houve omissão do estado nos trabalhos de prevenção e nem de combate aos incêndios.
"Se atribui a quem foi lá e botou fogo. Quem botou fogo foi o raio? Fogo no Pantanal sempre aconteceu. Não é a primeira vez. Teve sempre incêndio no Pantanal. O problema é que mudou a legislação e hoje nós temos grandes restrições de usar o Pantanal. Locais que você tinha possibilidade de colocar gado, por exemplo, e o gado come a vegetação, diminui acúmulo de material orgânico. Material orgânico quando seca vira algo muito combustível, muito forte. Isso qualquer um que tem o mínimo de bom senso e está lá o resultado", justificou o govenador.
Neste mês, os incêndios no Pantanal atingiram reservas particulares, áreas de preservação estadual e federal, fazendas e terras indígenas. Apenas em novembro foram registrados 3.957 focos, sendo 2.550 em Mato Grosso, cerca de 65%. Em relação ao mesmo período de 2022, o aumento de queimadas ultrapassa 1.400%, conforme monitoramento do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
"Os bombeiros nunca estiveram equipados como estão em Mato Grosso. Pode olhar historicamente o número de equipamentos, o número de pessoas, o número de veículos, número de aeronaves. Tudo é maior do que sempre existiu em Mato Grosso", argumentou Mauro Mendes.
Segundo o governador, não houve atraso nem omissão do Estado no combate às chamas, que começaram ainda no mês de outubro no Parque Estadual Encontro das Águas. "Não existe nenhuma restrição orçamentária para promover o combate. Os bombeiros foram acionados assim que começou. Agiram assim que começou. Agora infelizmente o local tem todas essas dificuldades".
Conforme os satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), chuvas que caíram nos últimos dois dias em boa parte de Mato Grosso, o estado mais afetado pelos incêndios florestais, foram o suficiente para apagar o fogo na maior planície de inundação contínua do planeta.