O influenciador digital mato-grossense Wagner Wilton do Carmo, mais conhecido como "Dom Wagner", disse que deve processar Marília Joana da Silva, 34 anos, que o acusou de sexual na saída de um banco, em Poconé (104 km de Cuiabá). Por conta da denúncia, Dom Wagner foi preso em flagrante por importunação sexual, no dia 14 de novembro, e solto no outro dia.
A mulher disse que foi "encoxada" por Dom Wagner. Ela ainda relatou aos policiais que esta não seria a primeira vez que foi importunada sexualmente pelo influenciador. Em audiência de custódia, o "Rei do Pacote", como é conhecido, negou o assédio e disse que encostou "sem querer" e que "pediu desculpas".
A versão do influenciador foi confirmada por imagem de uma câmera de segurança, divulgada nessa quarta-feira (22).
Em entrevista ao RepórterMT, o influenciador disse que ainda não houve pedidos de desculpas, e que vai deixar a Justiça cuidar do caso. "Não, não teve [pedido de desculpas]. Depois disso eu nem vi ela mais. Deixa aí, a Justiça vai cuidar disso", afirma.
O Rei do Pacote também declarou que a prisão foi uma situação difícil para ele. "Foi difícil passar o que eu passei por uma coisa que eu não tinha feito, que eu não cometi. Passei a noite na cadeia", lamenta.
"Me pegaram na porta da minha casa. Na hora as pessoas acreditaram mais na mulher do que em mim, mas graças a Deus eu provei minha inocência, isso que importa", acrescenta.
O influenciador ainda salientou que foi difícil lidar com a 'maldade' das pessoas, que o julgaram quando foi preso.
"É difícil você abrir o telefone e olhar tanta maldade. Mas agora não tem mais o que falarem de mim. Eu só quero mandar um abraço para os meus seguidores que me deram maior força, que acreditaram em mim. Eu sou um cara certo, querido. Não faço mal para ninguém", acrescenta.
Denúncia e prisão
O influenciador foi preso na semana passada por importunação sexual.
Na denúncia, Marília Joana da Silva disse que foi "encoxada" por Dom Wagner. Ela ainda relatou aos policiais que esta não seria a primeira vez que foi importunada sexualmente pelo influenciador. Segundo ela, em outras ocasiões em que se encontraram pela cidade, Dom Wagner já a teria assediado, chamando de "gatinha" e "gostosa".
Audiência de custódia e soltura
Em depoimento para a juíza Silvia Renata Anffe Souza, da 4ª Vara Cível de Várzea Grande, durante audiência de custódia, Dom Wagner negou que tenha "encoxado" uma mulher por trás e se esfregado na vítima. Ele alegou, perante juízo, que encostou "sem querer" e que "pediu desculpas".
"Eu não vi ela, eu estava mexendo no telefone. Quando eu deparei com ela, eu bati meu braço só, não toquei nela, não peguei nela nada. Foi [acidental]. Não foi por querer, foi por acaso. Eu não xinguei ela, ainda pedi desculpas três vezes para ela", alegou o influenciador digital.
Ele acabou solto por não apresentar riscos para o andamento do processo, mas teve medidas cautelares, como: comparecer em juízo quando chamado, informar as atividades e eventuais atualizações de endereço, bem como está proibido de se ausentar da comarca de Poconé sem autorização judicial.
Também foi determinado pela juíza que o influenciador terá que manter distância da vítima, não a procurar, nem por meio de mensagem, bem como de seus familiares.
RepórterMT