O ministro Silvio Almeida foi convidado para prestar esclarecimentos à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle e Segurança Pública da Câmara dos Deputados sobre o pagamento de passagens aéreas e diárias à Luciane Barbosa Farias, esposa de Clemilson dos Santos Farias, acusado de ser um dos líderes do Comando Vermelho no Amazonas.
O ministro Silvio Almeida foi convidado para prestar esclarecimentos à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle e Segurança Pública da Câmara dos Deputados sobre o pagamento de passagens aéreas e diárias à Luciane Barbosa Farias, esposa de Clemilson dos Santos Farias, acusado de ser um dos líderes do Comando Vermelho no Amazonas.
Ao responder a uma pergunta do deputado Kim Katiguiri (União-SP), sobre o caso, Almeida disse que Luciane não havia sido condenada pela Justiça na época da viagem e que ela foi indicada à reunião com membros do governo federal pela Comissão Estadual de Prevenção e Combate à Tortura do Amazonas.
Almeida também acusou Kim Kataguiri e o MBL de “atacar” a sua honra e de “deteriorar o debate público”. Bia Kicis, que preside a Comissão, interrompeu a fala do ministro e afirmou que ele não poderia “atacar” um grupo político no plenário.
"Eu estou interrompendo como presidente da comissão, o senhor não está aqui para fazer discurso político ( ) Estou interrompendo como presidente, é meu direito fazer isso, porque o senhor não pode atacar grupos políticos aqui dentro, isso aqui é um parlamento, uma casa plural, e não é o seu papel como ministro de Estado, o senhor não é ministro de governo, atacar grupos políticos", disse Kicis.
Ao retomar a palavra, Silvio Almeida reiterou seu “direito” de se manifestar politicamente com críticas a Kim Kataguiri e ao MBL, alegando serem “vítimas de ataques” feitos pelo deputado e o grupo.
O ministro foi convidado para prestar esclarecimentos após o ministério ter pago passagens aéreas e diárias à esposa de um líder do Comando Vermelho, Luciane Barbosa Farias. As despesas de Luciane e dos demais participantes da reunião foram custeadas pelo Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, sendo o nome de Luciane indicado pela Comissão Estadual de Prevenção e Combate à Tortura do Amazonas. O pagamento foi feito com orçamento próprio do Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (CNPCT), segundo o ministério, que nega qualquer contato do ministro ou integrantes do gabinete na indicação da esposa de um líder do Comando Vermelho.