CIdade do litoral paulista vive noite de tensão após rebaixamento inédito do Peixe
Rebaixado à Série B do Campeonato Brasileiro pela primeira vez em sua história, o Santos viveu madrugada sob tensão após a derrota por 2 a 1 contra o Fortaleza, nesta quarta-feira. Desde o apito final do árbitro Leandro Vuaden, o que se viu foi um cenário quase de guerra, dos protestos da torcida nas arquibancadas às cenas de vandalismo em vários pontos da cidade do litoral paulista.
Logo após o gol de Lucero, segundo do Fortaleza, foi possível ouvir sons de bombas sendo atiradas. Houve também tentativa de invasão de campo. Os jogadores do clube cearense saíram correndo para os vestiários, e Vuaden encerrou o jogo, também deixando o gramado com seus companheiros de arbitragem.
Em campo, ficaram só os jogadores do Santos, desolados, alguns chorando, alguns atônitos, sem entender a dimensão do rebaixamento. O goleiro João Paulo era um dos mais abalados, desabado no chão e sem conter as lágrimas.
As arquibancadas da Vila foram esvaziadas rapidamente, mas quem ficou, não se calou: "Time sem vergonha" foi o grito que marcou um sentimento inédito para o torcedor alvinegro. Os jogadores precisaram se proteger também do gás de pimenta usado pela Polícia Militar para conter confusões do lado de fora do estádio.