O Brasil nunca presidiu o BID, banco internacional que visa promover o desenvolvimento e a integração entre países da América Latina e do Caribe. A presidência do órgão foi tema frequente das reuniões bilaterais que o ministro teve durante a semana passada, em Washington. Ele conversou sobre o assunto com ministros da Argentina, do Chile, da Colômbia e da Argentina.
De acordo com Guedes, o Brasil defende que o mandato de cinco anos na presidência do BID não seja renovável, e que países que já assumiram o posto não possam eleger um presidente novamente antes de o Brasil ocupar o cargo pela primeira vez.
Em setembro, o então presidente do BID, Maurício Clever-Carone, indicado ao cargo por Donald Trump, foi removido da posição pelo conselho de diretores da instituição depois de uma investigação concluir que o norte-americano violou regras do banco.
À época, Maurício deu uma entrevista ao canal de TV colombiano NTN24, dizendo que sofreu pressão de Paulo Guedes para aceitar indicações do governo brasileiro para o BID, que ele não aceitou porque não eram pessoas qualificadas. A partir daí, segundo Clever-Carone, o Brasil ficou contra ele. O ministro da economia brasileiro nega as informações, e diz que não chegou a fazer indicações para o norte-americano.
Para um candidato ser eleito presidente do BID, é preciso ter o apoio dos 26 países membros mutuários mais o Canadá e os Estados Unidos. Cada mandato dura cinco anos.
Ilan Goldfajn é o atual diretor do hemisfério ocidental no FMI. Ele foi presidente do Banco Central de maio de 2016 a fevereiro de 2019. Goldfajn também trabalhou como economista-chefe no Itaú Unibanco e foi o presidente do Conselho Administrativo do Credit Suisse no Brasil, além de ter servido como consultor para o Banco Mundial e a Organização das Nações Unidas.
A CNN procurou Ilan para comentar o convite e aguarda posicionamento.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Ilan Goldfajn é nome cotado por Paulo Guedes para presidência do BID no site CNN Brasil.