Tricolor deve direitos de imagem a alguns jogadores, enquanto outros também têm premiações e outros bônus a receber; Calleri tornou pública a irritação em resposta na rede social
Em busca de reforços para o time, que no ano que vem disputará a Conmebol Libertadores, a diretoria do São Paulo está tendo que lidar com a insatisfação de atletas do elenco por causa de atrasos em direitos de imagens, prêmios e outras bonificações.
Na última sexta-feira, o atacante Calleri tornou público os atrasos ao responder a um jornalista na rede social X, o antigo Twitter. O jogador se queixou de a publicação afirmar que o atraso se restringia a "dois meses de direitos de imagem".
– Respeito você porque é um cara que trabalha muito. Mas quando não é verdade, tenho que sair a desmentir – escreveu Calleri, em resposta.
No caso de Calleri, segundo apurou o ge, os atrasos incluem luvas e bônus. Há divergências, porém, sobre metas previstas em contrato que estão sendo discutidas entre o clube e agentes do centroavante.
A situação se alastra por outros atletas do grupo, com diferenças entre o que é devido. A diretoria trata disso sem alarde e demonstra não se preocupar com a possibilidade de atletas deixarem o clube por esse motivo.
Cartolas admitem atrasos, mas que eles seriam de um mês nos direitos de imagem, e que devem ser pagos ainda neste ano, além de prêmios e bonificações.
Ao mesmo tempo em que tenta conter os danos dos atrasos, o comando do São Paulo tem negociado a contratação de reforços para o ano que vem. Dois deles, já anunciados – Erick e Luiz Gustavo –, estavam livres e não têm custos de transferências, apenas luvas e salários.
O clube também está perto de fechar com o volante paraguaio Damián Bobadilla. Na quinta, o agente do atleta disse a uma rádio do país que o São Paulo investirá 3 milhões de euros (cerca de R$ 14,75 milhões) para comprar 60% dos direitos econômicos do jogador – sem especificar a data ou a forma de pagamento.
O atacante Ferreira, do Grêmio, é outro que pode chegar ao Tricolor. Há também a provável compra dos direitos do lateral Caio Paulista, que está emprestado pelo Fluminense. O São Paulo já manifestou a intenção de cumprir a cláusula que estipula valor próximo a R$ 17,2 milhões – o clube negocia o parcelamento.
O documento aponta um déficit, até aquele mês, de R$ 97 milhões – e já inclui, nas receitas, a premiação pela conquista da Copa do Brasil, de R$ 70 milhões. Em entrevista na última semana, o presidente do São Paulo, Júlio Casares, admitiu que o clube deve fechar o ano no vermelho.