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Angelo Becciu

Cardeal italiano é condenado a 5 anos e meio de prisão por fraude no Vaticano

O cardeal italiano Angelo Becciu foi condenado nesta quarta-feira (13) a 5 anos e 6 meses de prisão por irregularidades financeiras, conforme anunciado pelo Tribunal do Vaticano.


Foto: Reprodução internet

O cardeal italiano Angelo Becciu foi condenado nesta quarta-feira (13) a 5 anos e 6 meses de prisão por irregularidades financeiras, conforme anunciado pelo Tribunal do Vaticano. Ele é o primeiro cardeal a ser julgado por um tribunal criminal do Vaticano.

Becciu, de 75 anos, também foi desqualificado “perpétua” para ocupar cargos na Santa Sé. Ele também terá que pagar uma multa de 8.000 euros.

O processo investigou a compra de um edifício no centro de Londres orquestrada pela Secretaria de Estado do Vaticano quando Becciu foi o seu substituto para Assuntos Gerais (2011-2018). A operação especulativa criou um buraco nas contas da Santa Sé de pelo menos 139 milhões de euros.

O promotor do Vaticano exigiu 7 anos e 3 meses de prisão para o cardeal.

Também foram condenados Fabrizio Tirabassi, funcionário do Gabinete Administrativo da Secretaria de Estado Vaticano, a 7 anos e meio de prisão; Enrico Crasso, a 7 anos de prisão e multa de 10.000 euros; Raffaele Mincione, a 5 anos e meio; Nicola Squillace, a um ano e dez meses de prisão; e Gianluigi Torzi, a 6 anos e nove meses, todos proibidos de exercer cargos públicos.

O secretário do cardeal, Mauro Carlino, foi absolvido no processo.

A empresária Cecilia Marogna, conselheira de Becciu e apresentada nos meios vaticanos como especialista em diplomacia, também foi condenada a 3 anos e 9 meses de confinamento, com proibição “temporária” de exercer cargos públicos.

O escândalo eclodiu quando a compra de um prédio no coração de Londres, na Sloane Avenue, antiga sede das galerias Harrods no exclusivo bairro de Chelsea, foi revelada. A acusação afirmava que o edifício custou à Santa Sé cerca de 350 milhões de euros, mas que mais tarde foi vendido pelo Vaticano por 186 milhões de libras (cerca de 214 milhões de euros).

Além disso, essa aquisição acabou sendo usada para extorquir o Vaticano e demonstrando a falta de transparência e irregularidades nas contas da Santa Sé.

Durante o processo, surgiram outros crimes financeiros supostamente cometidos por Becciu, como as doações de 125.000 euros que o cardeal depositou no relato de uma associação, ligada à Caritas da Sardenha de Ozieri, que na época era presidida por um de seus irmãos.

Além disso, Becciu pagou 575 mil euros a Cecilia Marogna, uma mulher que foi contratada por se apresentar como especialista em assuntos diplomáticos e serviços secretos e que supostamente ajudou a Santa Sé a libertar a freira colombiana sequestrada no Mali.

(Com informações da EFE)

GAZETA BRASIL

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