Segundo o sindicato, tentativa de homicídio pode reação por morte de adolescente em abordagem policial
O Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Mato Grosso (Sinpol) afirma que o investigador baleado nessa sexta (15) em Barra do Garças (a 516 km de Cuiabá) tem sofrido retaliações desde a morte de um adolescente de 16 anos durante abordagem policial. Segundo o Sinpol, a tentativa de homicídio pode fazer parte dessas retaliações.
No último dia 10, o adolescente, Adailton Kauan Ribeiro dos Santos, de 16 anos, morreu após cair de uma moto durante a abordagem do investigador em Novo São Joaquim (493 km de Cuiabá). Na noite dessa sexta (15), o investigador, de 35 anos, caminhava em uma avenida quando foi atingido nas costas por um disparo feito por uma dupla em uma moto. O policial está internado.
O Sinpol afirmou que está acompanhando com preocupação a situação envolvendo o Investigador.
"A morte acidental causada pela abordagem policial em Novo São Joaquim, envolvendo o investigador de polícia civil está sendo devidamente apurada dentro da legalidade pela Polícia Civil e Ministério Público. Ressalta-se que o mencionado policial não se eximiu e já compareceu à delegacia para prestar esclarecimentos, oportunidade em que foi interrogado, estando à disposição da Justiça", informa.
Conforme a nota, desde o dia dos fatos, o investigador vem sofrendo ações retaliatórias. "Chegando a sofrer tentativa de homicídio na noite do dia 15 de dezembro, quando foi baleado em Barra do Garças. Exigimos uma pronta resposta da Polícia Civil no sentido de que os autores, bem como, possíveis mandantes, caso hajam, sejam identificados e presos, a fim de que a ordem pública seja garantida", diz outro trecho.
O sindicato pede que seja montada uma força tarefa, caso necessário, para dar uma rápida resposta. "Temos absoluta certeza que não faltam investigadores voluntários a integrar a força tarefa até que os culpados sejam identificados e presos", conclui.