A Polícia Civil de Minas Gerais está investigando as circunstâncias da morte de Jéssica Canedo, ocorrida na última sexta-feira (22), na Santa Casa de Araguari, após ingerir uma alta dosagem de medicamentos.
A Polícia Civil de Minas Gerais está investigando as circunstâncias da morte de Jéssica Canedo, ocorrida na última sexta-feira (22), na Santa Casa de Araguari, após ingerir uma alta dosagem de medicamentos. As autoridades tratam o caso como suicídio.
Segundo informações da CNN, o próximo passo da investigação incluirá ouvir familiares de Jéssica e, eventualmente, o responsável pelo perfil que compartilhou publicações relacionadas a ela em diferentes redes sociais.
Jéssica Canedo faleceu depois que perfis de fofoca veicularam a falsa informação de que ela teria tido um relacionamento com o humorista Whindersson Nunes, algo que o próprio artista negou. O perfil Choquei, com 21 milhões de seguidores no Instagram e quase 7 milhões no X, repostou a notícia sobre o falso relacionamento.
Na semana passada, os investigadores obtiveram acesso à necrópsia do corpo da vítima e examinaram as publicações nas redes sociais que mencionavam Jéssica e Whindersson.
O inquérito está em fase inicial, buscando esclarecer se o óbito foi de fato um caso de suicídio e se houve ou não indução ou instigação ao ato.
O Código Penal prevê pena de prisão para quem induzir outra pessoa ao suicídio, com sentença que pode chegar a quatro anos de reclusão. Isso requer a comprovação de que um ou mais suspeitos agiram de forma dolosa, ou seja, com a intenção de que a vítima cometesse o suicídio.
Usuários das redes sociais estão pedindo boicote e a remoção da página Choquei. O perfil suspendeu as publicações após a repercussão da história, sendo a última postagem compartilhada na sexta-feira (22). A página fazia mais de uma publicação diária antes do ocorrido.
A página Choquei diz que não cometeu nenhuma irregularidade. “Todas as publicações foram feitas com base em dados disponíveis no momento e em estrito cumprimento das atividades habituais decorrentes do exercício do direito à informação”, diz a página.