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Rebeldes houthis ameaçam retaliar ataques dos EUA e Reino Unido

Os rebeldes houthis do Iêmen, apoiados pelo regime iraniano, declararam na sexta-feira (12) como “alvos legítimos” de suas operações os interesses dos Estados Unidos e do Reino Unido, devido aos bombardeios realizados por esses países no Iêmen, localizado na entrada do Mar Vermelho.

Por Comando da Notícia

12/01/2024 às 14:02:32 - Atualizado há
Foto: Reprodução internet

Os rebeldes houthis do Iêmen, apoiados pelo regime iraniano, declararam na sexta-feira (12) como “alvos legítimos” de suas operações os interesses dos Estados Unidos e do Reino Unido, devido aos bombardeios realizados por esses países no Iêmen, localizado na entrada do Mar Vermelho.

O Conselho Político Supremo dos rebeldes ameaçou retaliar após os ataques realizados durante a noite contra dezenas de alvos militares em território controlado pelos houthis.

“Os americanos e britânicos não devem acreditar que escaparão ao castigo de nossas heroicas forças armadas”, afirmou o Conselho Político Supremo dos houthis em comunicado divulgado em seus meios oficiais.

“A alegria dos agressores não durará muito, e nossa mão será a vencedora, se Deus quiser”, acrescentou.

“Todos os interesses americanos e britânicos se tornaram alvos legítimos das forças armadas iemenitas após a agressão direta e declarada contra a República do Iêmen”, concluiu o Conselho Político Supremo.

Os ataques intensos, nos quais cinco pessoas morreram, segundo os houthis, ocorreram após semanas de ataques houthis à navegação vinculada a Israel no Mar Vermelho, em protesto contra a guerra contra o grupo terrorista Hamas.

A OTAN afirmou que os ataques dos EUA e do Reino Unido foram “defensivos”.

“Esses ataques foram defensivos e visavam preservar a liberdade de navegação em uma das vias navegáveis mais importantes do mundo. Os ataques houthis devem cessar”, afirmou o porta-voz da OTAN, Dylan White, em declaração fornecida à EFE.

Ele acrescentou que as forças houthis contam com o apoio, suprimentos e equipamentos fornecidos pelo Irã e considerou que Teerã “tem uma responsabilidade especial em controlar suas forças subsidiárias”.

O governo britânico afirmou nesta sexta-feira, em uma argumentação jurídica, que o ataque lançado contra posições dos rebeldes houthis no Iêmen foi necessário e proporcional, ao mesmo tempo em que defendeu que sua resposta armada está permitida pela legalidade internacional.

O governo do Reino Unido publicou um comunicado no qual resume sua posição legal para responder aos “dezenas de graves ataques” perpetrados durante um período prolongado pelos houthis no Mar Vermelho contra navios de bandeira britânica “e de muitos outros Estados”.

Londres antecipou que notificará o Conselho de Segurança da ONU sobre as ações militares adotadas contra os houthis com base no artigo 51 da Carta da ONU, que estipula o direito dos Estados à autodefesa.

Na nota, Downing Street, escritório do primeiro-ministro, Rishi Sunak, advertiu que Londres entende que os ataques dos rebeldes continuarão “a menos que se tomem medidas para dissuadi-los”.

“A intervenção militar para atingir alvos cuidadosamente selecionados a fim de limitar eficazmente as capacidades dos houthis e evitar mais ataques é legal”, destacou o governo.

Sunak afirmou hoje em Kiev que o Reino Unido deve enviar “um forte mensagem” aos rebeldes houthis no Mar Vermelho de que não podem continuar com seus ataques “com impunidade”.

O governo do Iêmen, internacionalmente reconhecido, acusou os rebeldes houthis de “arrastar o país” para uma nova guerra.

“O governo responsabiliza as milícias houthis por arrastar o país para um cenário de confronto militar, com fins propagandísticos”, disse o Executivo em comunicado divulgado pela agência de notícias oficial iemenita Saba.

Além disso, indicou que acompanha “com grande preocupação a escalada militar no país” e justificou os ataques dos EUA e do Reino Unido “em resposta aos contínuos ataques e ameaças das milícias terroristas houthis” contra a segurança marítima no Mar Vermelho e no estreito de Bab al Mandeb.

(Com informações da EFE e AFP)

Fonte: GAZETA BRASIL
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