A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) anunciou nesta segunda-feira (15) que realizará as maiores manobras militares em décadas, com a participação de seus 31 aliados, além da Suécia, que servirão para implementar os novos planos de defesa acordados no ano passado em plena crise da ameaça da Rússia de invasão militar da Ucrânia.
A Marinha Real fornecerá oito navios de guerra e submarinos, bem como 2 mil fuzileiros navais. Um grupo de batalha composto por aeronaves e helicópteros F-35B, que acompanhará fragatas e destróieres, será implantado no Atlântico Norte, no Mar da Noruega e na região do Báltico.
O Reino Unido também irá enviar mais de 400 fuzileiros navais para o Ártico como parte de “uma força-tarefa” para operações anfíbias aliadas na área que procura “defender a aliança num dos ambientes mais hostis do mundo”.
“Encontramo-nos numa nova era e devemos estar preparados para dissuadir os nossos inimigos, e preparados para liderar os nossos aliados, e preparados para defender a nossa nação quando chegar a hora”, disse o ministro da Defesa britânico, Grant Shapps, num discurso em Lancaster House, no centro de Londres.
Bulgaria constrói infraestrutura para tropas da OTAN
Por seu lado, o governo búlgaro anunciou esta segunda-feira que vai construir estradas, linhas ferroviárias e oleodutos no valor de 6 mil milhões de euros que, além da sua utilização civil, poderão ser utilizados para o rápido envio de tropas da OTAN, cumprindo assim os planos de defesa da Aliança.
“A implantação de um grupo de combate multinacional no nosso território foi discutida dezenas ou centenas de vezes”, disse o ministro da Defesa, Todor Tagarev, após regressar de uma viagem aos Estados Unidos durante a qual discutiu como o seu país pode tirar partido dos fundos internacionais para financiar essas obras.
No entanto, o ministro não especificou que parte desses 6 mil milhões será contribuída pela Bulgária, o país mais pobre da União Europeia (UE).
Tagarev indicou que estas infra-estruturas servirão para albergar e permitir o envio de aliados da OTAN, país ao qual a Bulgária pertence desde 2004.
Os planos da OTAN prevêem que o grupo de batalhões da Aliança actualmente destacado na Bulgária (até 1.300 soldados) se torne numa brigada (cerca de 5.000 soldados) para garantir a segurança nacional e a de outros parceiros, na sequência da agressão militar da Rússia contra a Ucrânia.
“Isso acontecerá quando necessário, não há um cronograma claro neste momento. Devemos estar preparados para prever as condições quando isso acontecer”, disse Tagarev. Com informações da Europa Press e EFE)