O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, anunciou em uma declaração nesta quarta-feira (7) durante o lançamento do programa Brasil Saudável – Unir para cuidar do Ministério da Saúde, que a instituição está em contato com a Fiocruz e o Instituto Butantan para acelerar a produção da vacina contra a dengue no Brasil. Ele enfatizou a urgência de medidas rápidas devido ao ressurgimento global da doença.
“Estamos trabalhando em estreita colaboração com o Brasil, especialmente no campo das vacinas. Esta questão das vacinas será crucial, pois o Brasil tem uma capacidade enorme nesta área. A OMS também está trabalhando com o Instituto Butantan para explorar uma nova forma de colaboração visando acelerar a produção local de novas vacinas”, afirmou.
No início desta semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Tedros também discutiram uma possível parceria na produção da vacina contra a dengue, tanto pelo Butantan quanto pela Fiocruz. Para o diretor da OMS, o Brasil pode ser um importante fornecedor do imunizante.
Segundo Tedros, há um ressurgimento global da doença. O surto atual de dengue faz parte de um aumento significativo em escala mundial, com mais de 500 milhões de casos e mais de cinco mil óbitos relatados no ano passado em 80 países de todas as regiões do mundo.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, se reuniu no último sábado (3) com Esper Kallás, diretor do Instituto Butantan, e Mario Moreira, presidente da Fiocruz, com o objetivo de estabelecer uma parceria estratégica para aumentar a produção de vacinas contra a dengue no Brasil.
Com o apoio do Ministério da Saúde, a Fiocruz intensificará seus esforços para aumentar a produção da vacina da farmacêutica Takeda. Paralelamente, a pasta garantirá suporte para a aprovação final do imunizante em desenvolvimento pelo Instituto Butantan.
“A nossa principal meta é ampliar a disponibilidade dessa vacina específica da Takeda. Para isso, reunimos com diretores da Fiocruz e do Instituto Butantan. Além disso, estamos trabalhando para que a vacina do Butantan possa ser integrada ao calendário de vacinação o mais breve possível. É importante ressaltar que, em situações de emergência, a vacina não deve ser vista como uma solução mágica, pois requer duas doses, com intervalo de três meses entre elas. Além disso, atualmente, a oferta do laboratório é limitada, o que dificulta uma vacinação em larga escala”, afirmou Nísia Trindade durante o evento.
GAZETA BRASIL