O jornalista Claudio Tognolli morreu neste domingo (3) em São Paulo, aos 60 anos.
O jornalista Claudio Tognolli morreu neste domingo (3) em São Paulo, aos 60 anos. Ele estava internado após complicações decorrentes de um transplante de coração realizado em janeiro deste ano. A causa exata da morte ainda não foi confirmada.
Tognolli era um dos nomes mais importantes do jornalismo brasileiro, com uma carreira de mais de 30 anos dedicada à investigação e à busca pela verdade. Formado pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (USP), ele atuou em grandes veículos como Veja, Folha de S. Paulo e Estadão, além de ter sido repórter especial nas rádios Jovem Pan, CBN e Eldorado.
Carreira
Ao longo de sua trajetória, Tognolli publicou mais de 20 livros, entre grandes reportagens investigativas e biografias. Entre seus trabalhos mais premiados estão “O Dia em que Getúlio Morreu” (1993), “Dossiê AI-5: O Golpe que Partiu o Brasil” (1997) e “A Privataria Tucana” (2003).
Em 2016, ele integrou a equipe do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ) que revelou o escândalo internacional Panama Papers, que expôs um esquema de lavagem de dinheiro e evasão fiscal envolvendo políticos e celebridades do mundo todo.
Tognolli também foi um dedicado professor na ECA-USP, onde se tornou livre-docente em 2014 com uma pesquisa sobre metodologia do jornalismo e o golpe militar de 1964. Na universidade, ele inspirou e formou uma geração de jornalistas.