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TOLERÂNCIA ZERO

Deputado leva tiro de borracha ao defender invasores de área em MT

A Polícia Militar cumpre uma ordem de reintegração de posse determinada pela pela Justiça em favor da empresa Àvida Construtora.


Durante o confronto entre "grileiros" e policiais militares, o deputado Wilson Santos (PSD) foi atingido por um tiro de bala de borracha no braço, na manhã desta segunda-feira (11), na área do Contorno Leste denominada Brasil 21, em Cuiabá. A Polícia Militar cumpre uma ordem de reintegração de posse determinada pela pela Justiça em favor da empresa Àvida Construtora.

Wilson e o deputado Valdir Barranco (PT) estão no local desde o começo da manhã. O pessedebista, que já foi prefeito da capital por dois mandatos, disse que entrou em contato com o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) para falar sobre a desapropriação.

"Eu não chamo de invasão. Invasão é uma coisa e ocupação é em caso de necessidade. Eu disse a ele prefeito, faça como eu fazia quando eu fui prefeito em qualquer processo de ocupação e não mande secretário, assessor, vá você pessoalmente cuidar disso porque isso trata de seres humanos", declarou aos moradores. Os agentes das forças de segurança chegaram no local ainda na noite de domingo (10) para cumprir uma ordem de desapropriação.

A situação gerou tensão aos moradores que resistiram. Nesta segunda-feira, após tentativas de negociação, o confronto se iniciou.

Em vídeos que circulam nas redes sociais é possível ver um corre-corre de pessoas, inclusive de crianças, tentando se esquivar do spray de pimenta e das balas de borracha. Uma delas acertou o braço do deputado estadual.

"Estamos indo lá no gabinete do vice-governador. Aqui tem criança perdida, eu tomei bala de borracha, quebraram a porta. Fizemos um acordo com o tenente-coronel Edylson para aguardar até às 14h para retirar pacificamente. Aí ele não cumpriu a palavra. Como que você quer ser coronel assim?", questionou o parlamentar.

Wilson e o petista disseram que iriam para o Palácio Paiaguás se encontrarem com a ex-deputada federal e atual diretora-executiva da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Rosa Neide (PT), para tratar ssobre a desapropriação da área. "Isso aqui não é invasão. É falta de política pública, falta de responsabilidade e de sensibilidade dos nossos governantes que nos levam a colocar o povo diante da polícia", declarou Wilson.

Mais cedo, FOLHAMAX conversou com um representante da Associação Brasil sem Teto, que disse que as famílias que moram no local não têm para onde ir. "São mais de 400 famílias que moram lá há 1 ano e quatro meses, não são marginais ou criminosos e não têm para onde ir. Não são pessoas aproveitadoras. [...] Vão morar em lonas, calçadas, estão sendo excluídas e apagadas à mercê da sociedade", desabafou à reportagem.

FOLHA MAX

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