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André Mendonça responde Gilmar Mendes após fala sobre "narcomilícia evangélica"

Nesta quarta-feira (13), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, divulgou uma nota pública comentando a fala de Gilmar Mendes sobre a existência de uma `narcomilícia evangélica` em atuação no Rio de Janeiro (RJ).

Por Comando da Notícia

13/03/2024 às 16:43:32 - Atualizado há
Foto: Reprodução internet

O 3º ponto salientado por Mendonça na nota fala sobre as supostas ligações entre criminosos e evangélicos: “se pessoas que se dizem ou se fazem passar por evangélicas estão envolvidas neste tipo de conduta criminosa, afirmo com total segurança que o segmento evangélico é o maior interessado na apuração desses fatos”.

“Espera-se, assim, que eventuais condutas ilícitas dessa natureza sejam objeto de responsabilização, independente da religião professada de forma hipócrita e oportunista por quem quer que seja”, finaliza o magistrado na nota.

Em entrevista à GloboNews, Gilmar Mendes disse que, durante uma reunião do STF, foi relatada a existência de uma narcomilícia evangélica no Rio.

CONFIRA A NOTA COMPLETA

“A partir de relato trazido pelo Ministro Gilmar Mendes, foi noticiado pela imprensa que, em reunião havida no STF, um dos oradores presentes teria dito que havia uma “narco-milícia evangélica” que atuaria no Rio de Janeiro, e que “haveria um acordo entre narcotraficantes, milicianos e pertencentes a uma rede evangélica ou integradas a uma rede evangélica”.

Sobre o que teria sido dito na referida reunião técnica, importa-me trazer algumas considerações.

Primeiramente, registro que conversei com o Ministro Gilmar Mendes sobre o ocorrido. Na ocasião, sua Excelência reafirmou-me (i) seu respeito à comunidade evangélica, (ii) que de sua parte não houve qualquer intenção em constranger seus membros e (iii) que estaria à disposição da liderança da Igreja para conversar e esclarecer o assunto.

Em segundo lugar, importa anotar o grau de generalidade que teria sido dado pelo orador presente em referida reunião (“narco-milícia evangélica” ou “rede evangélica”). Se isso ocorreu, trata-se de fala grave, discriminatória e preconceituosa, pois dirigida a uma comunidade religiosa em geral. De outra parte, posso afirmar, com muita segurança, que se há uma rede evangélica nesse país, ela é composta por mais de 1/3 da população, a qual se dedica sistematicamente a prevenir a entrada ou retirar pessoas do mundo do crime, em especial aqueles relacionados ao tráfico e uso de drogas, que tanto sofrimento causam às famílias brasileiras. Além disso, consigno que a atuação dos evangélicos (assim como a de outras representações religiosas) nas comunidades e nas periferias deste país reconhecidamente está vinculada a obras sociais, mitigando a ausência do Estado e lacunas históricas do poder público em temas relacionados à educação, cultura e saúde, dentre outros.

Em terceiro lugar, se pessoas que se dizem ou se fazem passar por evangélicas estão envolvidas nesse tipo de conduta criminosa, afirmo, com total segurança, que o segmento evangélico é o maior interessado na apuração desses fatos. Assim, as pessoas e autoridades que têm conhecimento a respeito da prática dos referidos crimes devem dar o devido encaminhamento ao assunto. Espera-se, assim, que eventuais condutas ilícitas dessa natureta sejam objeto de responsabilização, independente da religião professada de forma hipócrita falsa e oportunista por quem quer que seja“.

Fonte: GAZETA BRASIL
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