O acusado estava com 3 mandados de prisão pendentes.
O criminoso Roni Ferreira de Jesus, 32, foi preso na terça-feira (2) em Sinop (500 km ao norte). Ele é um dos membros da quadrilha de roubo a banco que aterrorizou a pacata Nova Bandeirantes, há 3 anos. O grupo invadiu a cooperativa Sicredi com o objetivo de arrombar o cofre e levar dinheiro, mas fugiu sem levar nada.
O acusado estava com 3 mandados de prisão pendentes, dois pela Justiça de Mato Grosso pelos roubos às cooperativas e a uma mineradora no norte do estado, e o terceiro pela Comarca de Novo Progresso, no Pará, onde é investigado por porte ilegal de arma de fogo e associação criminosa.
Roni foi localizado em uma casa na região do Camping Club e com ele apreendida uma carabina de calibre 12 e munições.
Novo Cangaço
O roubo na modalidade Novo Cangaço ocorreu em junho de 2021, na cidade de Nova Bandeirantes. O crime abalou a população da pequena cidade do norte mato-grossense, quando um bando criminoso invadiu as duas agências, após planejar por 30 dias o assalto executado com bastante violência.
A investigação da Polícia Civil identificou 22 integrantes envolvidas nos assaltos, que foi dividido em três grupos para executar o assalto - logística, execução e resgate. Destas, nove morreram em confronto policial durante as buscas e outras 13 foram indiciadas.
Câmeras de segurança dos bancos e do comércio de Nova Bandeirantes registraram a ação do grupo, que rendeu vítimas e formou um escudo humano para evitar a aproximação dos policiais, enquanto outra parte dos criminosos invadia as cooperativas para roubar os valores. Durante o assalto, duas vítimas foram atingidas, mas sobreviveram. Na fuga, o bando roubou veículos, além de uma arma de fogo e um colete balístico do vigilante de uma das agências.
Auxílio na região
11 criminosos, entre eles 3 irmãos, organizaram a logística do assalto. A maior parte do bando veio do nordeste do país e chegou a Alta Floresta no mês de maio de 2021, onde foi montada a base de planejamento da ação criminosa. Natural de Alta Floresta, Roni Ferreira foi um dos cooptados pelo grupo por conhecer a região e deu suporte à quadrilha na identificação de locais de pouso e alimentação.
A investigação da GCCO apontou que o esconderijo do grupo foi montado em uma área a 46 km da cidade de Nova Bandeirantes e eles tentaram confundir os policiais, roubando veículos e os queimando em um ponto diferente. Para resgatar e esconder os assaltantes, o grupo de sete criminosos escolheu um local de mata fechada, em Nova Bandeirantes, onde guardaram alimentos, água e acessórios para que pudessem se esconder.
Assalto a mineradora
Roni Ferreira também foi investigado pela Polícia Civil de Mato Grosso pelo roubo a uma mineradora na cidade de Paranaíta, em abril de 2021. Na ocasião, um grupo armado chegou em uma S10 à mineradora e anunciou o assalto, rendendo o vigilante da empresa. Os assaltantes foram direto ao escritório da mineradora, arrombaram uma primeira porta e entraram em outra sala, chamada "casa do ouro", de onde levaram uma caixa d"água com produtos extraídos.
O grupo usava armas pesadas e coletes e na fuga espancou um vigia do local. A camionete usada foi encontrada em uma barricada na MT-206, incendiada.
Em maio de 2022, Roni foi detido na cidade de Novo Progresso, no Pará, por envolvimento em um roubo a um garimpo da região. Usando um nome falso de Maikon Mota Muniz, ele foi detido com outros dois comparsas pela PM. Um mês depois, os 3 fugiram da cadeia pública da cidade, após serrarem a grade da cela.