Desde 2022, a Prefeitura de São Paulo está investigando pelo menos uma das empresas de ônibus da cidade, alvo de uma investigação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) devido a supostos vínculos com o crime organizado.
Desde 2022, a Prefeitura de São Paulo está investigando pelo menos uma das empresas de ônibus da cidade, alvo de uma investigação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) devido a supostos vínculos com o crime organizado.
De acordo com a Controladoria Geral do Município (CGM), a empresa UPBus estava sendo alvo de uma investigação interna no órgão, juntamente com a Transunião, devido à suspeita de que essas empresas de transporte público estariam sendo utilizadas para lavagem de dinheiro em benefício de organizações criminosas.
A CGM não divulgou detalhes sobre o que foi apurado durante esse período de investigação nas duas empresas e o motivo pelo qual ainda não tomou nenhuma medida contra elas.
“As sindicâncias estão em fase de instrução, dentro dos prazos estabelecidos pela legislação vigente. O teor das apurações é sigiloso”, afirmou a CGM à TV Globo.
No entanto, após a Operação ‘Fim da Linha’ realizada pelo MP-SP, a CGM está em contato com os promotores para compartilhar informações, inclusive sobre a Transwolff, que foi incluída na ação do Grupo de Atuação Especial ao Crime Organizado (Gaeco).
“A CGM ressalta que faz parte da equipe de intervenção decretada pelo Prefeito Ricardo Nunes nas empresas ‘Transwolff e UPBus’, com a indicação de Auditores Municipais de Controle Interno que irão auxiliar nos trabalhos que serão desenvolvidos pela SPTrans”, declarou o órgão.
Em razão das investigações do Gaeco, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) determinou a intervenção na Transwolff e na UPBus, e desde terça-feira (9), dois interventores da SPTrans estão gerenciando as duas empresas para garantir a continuidade na prestação do serviço à população.
Juntas, Transwolff e UPBus transportam mais de 15 milhões de passageiros por mês e receberam do Município de São Paulo, no ano passado, mais de R$ 800 milhões pela prestação dos serviços de ônibus nas Zonas Sul e Leste da cidade.
Embora a empresa Transunião não tenha sido alvo da operação realizada na terça-feira (9), o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, do Gaeco, afirmou que outras empresas de ônibus da cidade estão sendo investigadas pela Polícia Civil e pelo MP e também podem necessitar de intervenção da prefeitura.
A Transunião é uma dessas empresas, segundo apurado pela reportagem. Em 2022, a empresa já havia sido alvo de uma operação do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) por suspeita de envolvimento com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Na mesma época, a UPBus também havia sido alvo de uma operação do Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc), por suspeita de envolvimento dos dirigentes da empresa com o tráfico de drogas.