O Ministério das Relações Exteriores brasileiro expressou sua “grave preocupação” diante do ataque do Irã a Israel ocorrido no último sábado (13).
O Ministério das Relações Exteriores brasileiro expressou sua “grave preocupação” diante do ataque do Irã a Israel ocorrido no último sábado (13). Em comunicado, o órgão instou tanto o Irã quanto Israel a exercerem “máxima contenção” e convocou a comunidade internacional a evitar uma escalada no conflito.
O Irã lançou mais de 200 drones e mísseis, incluindo balísticos e de cruzeiro, em direção a Israel, com previsão de que levariam horas para alcançar seus alvos.
Durante o percurso, uma parte desses dispositivos foi interceptada por aeronaves de Israel, Estados Unidos, Reino Unido e Jordânia. Por volta das 20h, as primeiras explosões e sirenes de alerta foram ouvidas em território israelense.
O serviço médico de emergência local relatou que uma menina de 10 anos sofreu graves ferimentos no deserto de Negev devido a estilhaços de um artefato utilizado para interceptar drones. Um centro militar israelense foi atingido, mas sem grandes danos.
Às 19h, ainda antes de os artefatos atingirem Israel, a missão do Irã nas Nações Unidas declarou que o ataque estava encerrado, referindo-se a ele como uma “ação legítima”.
Pouco depois das 20h, as Forças de Defesa de Israel informaram que os residentes do país não precisavam mais se abrigar.
“O governo brasileiro acompanha, com grave preocupação, relatos de envio de drones e mísseis do Irã em direção a Israel, deixando em alerta países vizinhos como Jordânia e Síria. Desde o início do conflito em curso na Faixa de Gaza, o Governo brasileiro vem alertando sobre o potencial destrutivo do alastramento das hostilidades à Cisjordânia e para outros países, como Líbano, Síria, Iêmen e, agora, o Irã. O Brasil apela a todas as partes envolvidas que exerçam máxima contenção e conclama a comunidade internacional a mobilizar esforços no sentido de evitar uma escalada. O Governo brasileiro recomenda que não sejam realizadas viagens não essenciais à região e que os nacionais que já estejam naqueles países sigam as orientações divulgadas nos sítios eletrônicos e mídias sociais das embaixadas brasileiras. O Itamaraty vem monitorando a situação dos brasileiros na região, em particular em Israel, Palestina e Líbano desde outubro passado”.