“Alcançar essas temperaturas (e esses estados) permitirá compreender melhor fenômenos da física como a supercondutividade nos óxidos de cobre, que podem ter importantes aplicações tecnológicas”, justificou o cientista.
Em temperaturas próximas ao zero absoluto, o hélio, por exemplo se transforma em um "superfluido", caracterizado pela ausência total de viscosidade. Isso faz com que ele seja capaz de atravessar paredes – mesmo as que não são porosas — e até “escapar” de recipientes em que esteja armazenado.
Os exemplos mais conhecidos de comportamento estranho a baixas temperaturas são a supercondutividade e a superfluidez. A supercondutividade ocorre quando uma substância é capaz de transmitir eletricidade sem opor resistência alguma. A superfluidez consiste na perda total da viscosidade de uma substância. Sob essas temperaturas, praticamente tudo congela, exceto alguns isótopos de hélio, que adquirem a superfluidez.
“Conforme alcançamos temperaturas mais baixas, novos estados exóticos da matéria devem aparecer”, disse Garcia-Padilla. “E esses podem ter propriedades magnéticas ou de transporte completamente diferentes das de outros materiais”
Este conteúdo foi originalmente publicado em Cientistas alcançam temperatura mais baixa já registrada no Universo: – 273ºC no site CNN Brasil.