Mato Grosso CRIME AMBIENTAL

MP exige que casal pague R$ 190 mil por pintar cachoeira para chá revelação

O fato ocorreu na Cachoeira Queima pé e ganhou repercussão internacional na época.

Por Comando da Notícia

03/05/2024 às 11:05:30 - Atualizado há

O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), por meio da Promotoria de Tangará da Serra, move uma ação contra os responsáveis por tingir uma cachoeira de azul durante chá revelação realizado em 2022. O fato ocorreu na Cachoeira Queima pé e ganhou repercussão internacional na época.

O evento aconteceu na queda d"água localizada em área privada, que é locada para eventos.

O MP requer que o acionado seja condenado à obrigação de pagar R$ 89.826,52 a título de indenização pelos danos ambientais materiais, bem como à obrigação de pagar indenização pelos danos ambientais extrapatrimoniais, no importe não inferior a R$ 100 mil. O MPMT pede ainda que o requerido seja condenado "à obrigação de não fazer consistente em não causar novos danos ao meio ambiente, sobretudo, em se abster de lançar novamente substância química em pó em curso d"água natural com o objetivo de alterar sua cor, sem autorização do órgão ambiental".
Conforme apurado no decorrer do inquérito civil instaurado pelo MPMT, a cachoeira está localizada em uma propriedade privada, que costuma ser locada para eventos de terceiros. Em 25 de setembro de 2022, dia dos fatos, ela foi cedida a um casal para a realização do chá revelação. O proprietário do local informou não ter conhecimento sobre o produto utilizado na coloração da água e que o mesmo foi providenciado por um parente dos familiares que promoveram o evento.

A Sema emitiu Auto de Infração em desfavor do requerido, por lançar substância química em pó em curso d"água natural, com o objetivo de alterar sua cor, sem autorização do órgão ambiental competente. O documento foi anexado à ACP. O requerido informou que utilizou um produto denominado "Lagoa azul" para tingir a cachoeira, mas não apresentou nota fiscal da compra e nem a embalagem do produto ao órgão ambiental.

Além disso, relatório técnico elaborado pelo Centro de Apoio Operacional do MPMT apontou, dentre outras consequências nocivas ao meio ambiente, que o fabricante do corante utilizado indica que o produto pode ser adicionado a lagos, fontes, piscinas, represas, desde que não tenha corrente aberta do fluxo de água; que a introdução do produto alterou a cor da água do Rio Queima-Pé, de acordo com os padrões de qualidade da água doce estabelecido na Resolução Conama 357/2005; e que se trata de do dano ambiental direto devido à alteração das características físicas da água do rio.

Fonte: Gazeta Digital
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