A Organização Internacional do Trabalho reconhece o valor do trabalho e de um ambiente laboral saudável como direitos fundamentais e determinantes para a boa saúde mental. Enquanto pode elevar a autoconfiança e proporcionar um senso de propósito e realização, também abre portas para cultivar relações positivas.
Entretanto, o trabalho pode ser uma fonte de problemas para a saúde mental. O cenário laboral torna-se cada vez mais desafiador e competitivo, com ameaças que se multiplicam: precariedade, desafios tecnológicos e o medo do desemprego são ingredientes que alimentam os distúrbios de saúde mental relacionados ao trabalho, como estresse, ansiedade, depressão, síndrome de Burnout e outros.
O Burnout tornou-se mais comum devido às longas horas de trabalho e à dificuldade em separar a vida profissional da pessoal.
Existem cinco estágios no desenvolvimento do Burnout, desde a “lua de mel” no trabalho até o esgotamento crônico, cada um com seus próprios sintomas e características. Como identificar se alguém está “queimado” pelo trabalho? As pessoas podem sentir um grande esgotamento mental que afeta suas vidas e seu trabalho. Fisicamente, os sintomas podem incluir fadiga extrema, dores de cabeça recorrentes, insônia, ganho de peso e tensão muscular. Emocionalmente, pode se manifestar com mudanças de humor, aumento da ansiedade ou depressão, falta de motivação, distanciamento afetivo e, em alguns casos, despersonalização.
O tratamento do Burnout baseia-se no afastamento temporário das tarefas e responsabilidades, juntamente com o tratamento da saúde mental. “Implementar rotinas saudáveis de descanso, alimentação equilibrada e exercício é crucial”, diz a Dra. Varela.
Adotar estratégias pessoais como autoconhecimento, estabelecimento de limites claros, planejamento e priorização, evitar a hiperconexão, tirar pausas regulares, promover a comunicação aberta e buscar apoio profissional são passos importantes para superar o Burnout e sentir-se bem no trabalho.
GAZETA BRASIL