O Rio Grande do Sul vive um momento de profunda crise após as fortes chuvas que devastaram o estado nos últimos dias.
O Rio Grande do Sul vive um momento de profunda crise após as fortes chuvas que devastaram o estado nos últimos dias. O governador Eduardo Leite (PSDB) comparou a situação à do pós-guerra na Europa e pediu, em rede social, a implementação de um “Plano Marshall” para a reconstrução do estado.
“Esse é um momento para deixarmos de lado diferenças políticas. O que o Rio Grande do Sul está atravessando não tem precedentes na sua história. O Estado precisará de uma espécie de "Plano Marshall" para ser reconstruído”, disse Leite.
Números da Tragédia
A Defesa Civil divulgou um novo boletim neste sábado (4), detalhando os impactos das chuvas. O número de mortes confirmadas subiu para 55, com outros 7 óbitos ainda em investigação. As mortes já confirmadas ocorreram em 28 municípios, sendo que os com maiores registros de óbitos foram: Gramado (6); Santa Maria (6) e Bento Gonçalves (3).
Além dos mortos, há 74 desaparecidos e 107 pessoas feridas. A Defesa Civil estima que 82,5 mil pessoas estão fora de casa, sendo 13,3 mil em abrigos e 69,2 mil desalojadas, que estão na casa de familiares ou amigos. No total, 317 dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 510,5 mil pessoas.
Situação em Porto Alegre
Na capital gaúcha, a situação é particularmente crítica. Na sexta-feira (3), um portão do sistema contra inundações se rompeu, causando alagamentos no centro histórico. Imagens mostraram os CTs do Internacional e do Grêmio completamente submersos, além da rodoviária e de outras áreas centrais.
Diante do risco de novas inundações, a Defesa Civil orientou a remoção de moradores, comerciantes e trabalhadores do centro histórico. Um alerta de “inundação extrema” foi emitido para o Guaíba por 24 horas, e a população deve evitar regiões próximas ao rio.