De acordo com um recente relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), o cyberbullying entre jovens de 11 a 15 anos tem experimentado um preocupante aumento. Baseado em dados de 279.000 crianças e adolescentes de 44 países, o estudo revela que um em cada seis jovens nesse grupo de idade foi vítima de cyberbullying em 2022.
O diretor da OMS para a Europa, Hans Kluge, destaca a necessidade urgente de abordar esse problema, especialmente em um contexto em que as interações virtuais se intensificaram como resultado dos confinamentos causados pela pandemia de COVID-19.
O estudo também aponta diferenças geográficas significativas na prevalência do cyberbullying, sendo Bulgária, Lituânia, Polônia e Moldávia os países com os índices mais altos, enquanto a Espanha apresenta os níveis mais baixos.
Esse aumento do cyberbullying contrasta com a estabilidade de outras formas de violência entre pares, como brigas físicas, que se mantêm em 10%. A OMS destaca que tanto meninos quanto meninas são igualmente vulneráveis ao cyberbullying, independentemente do nível socioeconômico de suas famílias.
O relatório faz um apelo à ação coletiva para proteger os jovens no ambiente digital, destacando a importância da educação, sensibilização e cooperação entre instituições educacionais, órgãos de saúde, pais e plataformas digitais.
A implementação de programas educacionais que abordem os riscos do cyberbullying e promovam habilidades sociais e emocionais, assim como a regulamentação dos conteúdos em redes sociais e a promoção de espaços de diálogo e denúncia, são algumas das medidas sugeridas para combater essa crescente problemática.
GAZETA BRASIL