PolĂ­cia CINTA LARGA

Cacique é investigado por estupro ao fazer menina de 11 anos como "esposa"

Caso foi denunciado ao MPF que declinou competĂȘncia ao MPE

Por Comando da Notícia

06/05/2024 às 16:49:57 - Atualizado hĂĄ

Um cacique da Aldeia Taquaral da Etnia Cinta Larga, em Aripuanã (1.202 km de CuiabĂĄ), estĂĄ sendo investigado sob acusação de estupro por manter uma menina indĂ­gena de 11 anos como sua esposa. O caso foi denunciado ao Ministério PĂșblico Federal (MPF), que declinou da competĂȘncia para apurar o caso ao Ministério PĂșblico Estadual (MP-MT).

A investigação foi iniciada a partir de uma denĂșncia da AssistĂȘncia Social do MunicĂ­pio de Aripuanã, que relatava um possĂ­vel crime de estupro de vulnerĂĄvel e cĂĄrcere privado na Aldeia. De acordo com a representação, na aldeia hĂĄ trĂȘs crianças, sendo duas indĂ­genas de 11 e 5 anos, e um indĂ­gena de 7 anos, que estão sob o poder de um determinado cacique. A denĂșncia também apontava que o cacique estava mantendo a indĂ­gena de 11 anos como sua esposa, "cometendo contra ela violĂȘncia sexual, psicológica e fĂ­sica".

Uma portaria do MPF publicada nesta segunda-feira (6), informa que, embora sejam graves os relatos de abuso sexual de uma criança indĂ­gena não revelam correlação com o direito indĂ­gena, jĂĄ que se trata de um ilĂ­cito comum, apenas com a peculiaridade de ter sido praticado por um indĂ­gena contra uma criança indĂ­gena. Com isso, a competĂȘncia do caso foi declinada para o MPE, alegando que não configura interesse da União.

"Além disso, não configura interesse da União, nos termos do art. 109, inciso IV, da CR/88.' Revisão (Enunciado n° 32 da 2ÂȘ CCR). Hipótese em que não se verifica violação aos direitos indĂ­genas, previstos na Constituição ou no Estatuto do Índio, de cunho coletivo, que expresse e justifique o interesse da União, capaz de ensejar a competĂȘncia da Justiça Federal. CarĂȘncia de elementos de informação capazes de justificar a atribuição do Ministério PĂșblico Federal para a persecução penal. Homologação do declĂ­nio de atribuições ao Ministério PĂșblico Estadual", diz a publicação.

Dessa forma, em sessão realizada pelo MPF sob relatoria da procuradora da RepĂșblica, LuĂ­za Cristina Fonseca Frischeisen, o colegiado decidiu, por unanimidade, pela homologação do declĂ­nio de atribuição, nos termos do voto da relatora. Dessa forma, os autos serão remetidos ao Ministério PĂșblico Estadual para prosseguir com a investigação.

Fonte: FOLHA MAX
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