Porto Alegre, a capital do Rio Grande do Sul (RS), permanece sob o cerco das águas do Lago Guaíba, enquanto enfrenta um cenário de colapso nos hospitais e unidades de saúde.
Porto Alegre, a capital do Rio Grande do Sul (RS), permanece sob o cerco das águas do Lago Guaíba, enquanto enfrenta um cenário de colapso nos hospitais e unidades de saúde. Esta crise é atribuída aos alagamentos e à ausência de energia elétrica, água e suprimentos.
Conforme comunicado pela Prefeitura local, pelo menos 33 das mais de 130 unidades de saúde estão inoperantes, enquanto outras operam com equipe reduzida devido ao impacto das enchentes nos profissionais.
Das seis estações de tratamento de água (ETAs) da cidade, apenas duas estão em funcionamento, porém de maneira limitada, e não há previsão para a normalização do sistema.
Como resultado da escassez de água potável, caminhões-pipa estão sendo mobilizados para abastecer hospitais e abrigos.
O nível do lago Guaíba mantém-se acima dos 5,2 metros, após alcançar um recorde de 5,33 metros no último domingo (05), ultrapassando significativamente a cota de inundação (3 metros) e de alerta (2,5 metros).
Diante desse contexto, a Secretaria Municipal de Saúde emitiu um alerta sobre o risco de contaminação por leptospirose para aqueles que tiveram contato com as águas das inundações.
“Esgotos e bueiros, quando alagados, misturam a urina dos ratos à enxurrada e à lama, o que significa que qualquer pessoa em contato com essas águas contaminadas está em risco”, explicou Evelise Tarouco da Rocha, diretora da Vigilância em Saúde de Porto Alegre.
A Prefeitura de Porto Alegre também aconselhou o uso de água engarrafada para consumo e preparação de alimentos.