Segundo informações do Conselho da Federação na noite de domingo, o presidente russo, Vladimir Putin, destituiu Sergei Shoigu do cargo de ministro da Defesa da Rússia. Andrei Belousov, atual primeiro vice-primeiro-ministro, foi indicado como seu substituto.
Shoigu foi nomeado como secretário do Conselho de Segurança russo, de acordo com a agência RT.
O parlamento russo anunciou que os senadores realizarão consultas sobre os candidatos propostos pelo presidente durante as sessões do comitê em 13 de maio e em uma reunião do Conselho da Federação em 14 de maio.
Não houve mudanças adicionais na lista de candidatos apresentada por Putin para os cargos no gabinete. Entre suas indicações estão Vladimir Kolokoltsev para ministro do Interior, Alexander Kurenkov para ministro de Situações de Emergência, Sergey Lavrov para ministro de Relações Exteriores e Konstantin Chuichenko para ministro da Justiça.
Denis Manturov, que atuou como vice-primeiro-ministro e liderou o Ministério da Indústria e Comércio durante o último mandato de Putin, foi proposto para ocupar o cargo de primeiro vice-primeiro-ministro.
Shoigu é o ministro mais antigo do país e é próximo do presidente russo, que o escolheu como companheiro em diversas ocasiões, inclusive em férias amplamente divulgadas, mantendo uma aura de resistência.
Porém, sua resposta à rebelião dos mercenários do Grupo Wagner, liderada pelo já falecido Yevgueni Prigozhin, foi um golpe para Shoigu, mais duro do que os reveses do Exército russo na Ucrânia, pelos quais ele e a cúpula militar foram duramente criticados.
Shoigu, engenheiro de formação, não serviu um dia sequer nas Forças Armadas e detém o título de general do exército, o mais alto escalão russo.
Nascido na República de Tuva, no sul da Sibéria, Shoigu cresceu em uma família ligada ao Partido Comunista da União Soviética. Com 35 anos, foi transferido para Moscou em 1990, onde assumiu a vice-presidência do Comitê Estatal de Arquitetura e Construção da Rússia. No ano seguinte, foi nomeado chefe do Corpo de Resgate da Rússia, cargo que o tornou uma das figuras mais populares do país.
Apesar das acusações de corrupção feitas pela oposição contra altos funcionários russos, Shoigu mantém uma relação próxima com Putin, sendo destacado como um dos poucos membros do governo russo a desfrutar de tal nível de intimidade com o presidente.
Com informações da EFE
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