O Lago Guaíba, que teve seus níveis elevados durante segunda e terça-feira, apresentou uma queda considerável nesta quarta-feira.
O Lago Guaíba, que teve seus níveis elevados durante segunda e terça-feira, apresentou uma queda considerável nesta quarta-feira. Segundo a Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do Estado (Sema-RS), após iniciar o dia com 5,22 metros, o lago baixou para 5,09 metros até às 21h15.
A tendência é que, mesmo com as previsões de chuvas para os próximos dias no Rio Grande do Sul, o Guaíba mantenha a trajetória de queda. Esse cenário é influenciado pela redução dos níveis dos rios que deságuam no Cais Mauá, como o Taquari e o Caí.
Enquanto isso, na capital gaúcha, uma das principais estações de tratamento de água retomou suas operações, restabelecendo o abastecimento em parte da cidade.
No entanto, no Sul do estado, a situação é preocupante. Cidades próximas à Lagoa dos Patos permanecem em alerta. Em Rio Grande, a água avançou para áreas antes não afetadas, marcando o pico mais alto desde o início das enchentes na região.
Em São Lourenço do Sul, o panorama também é desafiador, com autoridades recomendando que os moradores não retornem às suas residências. O nível da lagoa, medido na cidade, atingiu 2,70 metros por volta das 11h, um aumento de 30 centímetros em relação à segunda-feira.
Segundo o último boletim da Defesa Civil, o estado contabiliza 149 óbitos, 108 pessoas desaparecidas e 806 feridas. As equipes de resgate já prestaram assistência a 76,5 mil indivíduos, com um total de 2,1 milhão de pessoas afetadas de alguma maneira pela tragédia.
O Rio Grande do Sul registra 614 mil desalojados, sendo que 76,5 mil estão em abrigos e 538,2 mil encontraram refúgio na casa de parentes ou amigos.
Diante dessa crise humanitária, o governo federal anunciou medidas de apoio, incluindo um auxílio financeiro de R$ 5,1 mil para os que perderam bens nas enchentes e a aquisição de moradias.