Trump classifica condenação como "farsa" e anuncia que vai recorrer: "Foi um julgamento injusto"

O ex-presidente dos Estados Unidos (EUA) e pré-candidato à Casa Branca, Donald Trump, chamou o seu julgamento de "muito injusto. A fala foi feita pelo republicano em um pronunciamento nesta sexta-feira (31) após seu veredito de culpado no caso envolvendo Stormy Daniels.

 

"No que diz respeito ao julgamento em si, foi muito injusto. Não fomos autorizados a usar nosso especialista em eleições sob nenhuma circunstância. Você viu o que aconteceu com algumas das testemunhas que estavam do nosso lado, elas foram literalmente crucificadas por este homem", disse Trump em conversa com jornalistas na Trump Tower em Nova York (EUA).

O ex-presidente passou a criticar ainda mais o juiz Juan Merchan em seu pronunciamento, dizendo "ele parece um anjo, mas ele é realmente um demônio".

Trump ainda disse que "pessoas más" são responsáveis por sua condenação e afirmou que juiz do caso estava "em conflito". "Se eles podem fazer isso comigo, eles podem fazer isso com qualquer um", disse o ex-presidente, 1 dia após sua condenação em 34 acusações de crime no julgamento criminal de dinheiro secreto.

O republicano disse que as 34 acusações de falsificação de registros comerciais parecem piores do que são.

Ontem (31), um júri declarou Trump culpado de falsificar registros comerciais como parte de um esquema para encobrir um pagamento em dinheiro à atriz de filmes adultos, Stormy Daniels, pouco antes das eleições de 2016.

O caso girava em torno de como o reembolso do pagamento foi documentado e se fazia parte de um esforço para favorecer sua candidatura eleitoral.

"Falsificar registros de negócios – isso soa tão ruim, para mim parece muito ruim", disse Trump. "Isso é uma coisa ruim para mim, eu nunca tive isso antes", acrescentou.

Trump ainda contestou essa caracterização de seus crimes, dizendo que tinha uma despesa legal – pagar o advogado Michael Cohen – e que foi documentada como uma despesa legal.

Um contador "marcou corretamente nos livros", disse o ex-presidente, alegando que foi feito "sem qualquer conhecimento de mim".

O candidato republicano ainda disse que vai recorrer do veredicto.