A operação visa cumprir mandados de prisão preventiva, busca e apreensão, sequestro de bens, bloqueio de contas bancárias e afastamento de cargos públicos, para desarticular um núcleo de facção criminosa responsável pela lavagem de dinheiro em casas noturnas.
Estão em cumprimento oito ordens de prisões preventivas, 36 buscas e apreensões, nove sequestros de bens imóveis e 13 de veículos; e ainda duas ordens de afastamento de cargos públicos (policial penal e fiscal da prefeitura), quatro suspensões de atividades (casa de shows) e bloqueios de contas bancárias.Ainda de acordo com as investigações, o show em que o MC Daniel foi hostilizado, em dezembro do ano passado, na Capital, está entre os eventos promovidos na casa noturna adquirida pelo Comando Vermelho por R$ 800 mil, com lucros do crime. Os faccionados realizavam show com MCs nacionais no local, em conjunto com promotores de evento, um deles é Rodrigo Leal. No entanto, MC Daniel foi escoltado para fora do show por ser de estado onde o Primeiro Comando da Capital (PCC) atua. Algumas pessoas jogaram copos e outros objetos no artista e na equipe dele, e teve que sair escoltado do local. Isso porque, segundo a investigação, os faccionados repassaram ordens para que não fossem contratados artistas de São Paulo, tendo em vista ser o estado do PCC, rival da que atua no estado de Mato Grosso.Em continuidade à investigação, os policiais identificaram um esquema para introduzir celulares dentro de unidade prisional e transferências de lideranças da facção para presídios de menor rigor penitenciário, a fim de facilitar a comunicação com o grupo investigado, que se encontra em liberdade.No último dia 1º de junho, foi identificado que dois alvos da investigação fugiram para o estado do Rio de Janeiro. Um deles é considerado o principal líder da facção criminosa investigada, atualmente em liberdade, e estava viajando com documentos falsos. Os criminosos foram abordados ainda dentro da aeronave, logo após o pouso no aeroporto carioca de Santos Dumont.A Operação Ragnatela contou com apoio do Centro Integrado de Operações Aéreas de Segurança Pública (Ciopaer) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, força-tarefa permanente constituída pelo Ministério Público Estadual, Polícia Civil, PM, Polícia Penal e Sistema Socioeducativo.A Ficco-MT é uma força integrada, composta pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil e Polícia Militar e tem por objetivo a atuação conjunta no combate ao crime organizado no estado do Mato Grosso.Mais informações em instantes