Nesta segunda-feira (24), o Tribunal de Contas da União (TCU) pediu que a Caixa Econômica Federal suspenda o empréstimo consignado com base no Auxílio Brasil até análise da Corte. O ministro Aroldo Cedraz, do Tribunal de Contas da União (TCU) deu 24 horas para o banco apresentar uma série de informações.
O ministro acatou a uma representação formulada pelo Ministério Público junto ao TCU para investigar possíveis irregularidades na concessão do empréstimo consignado.
“Leva à necessidade de que se ouça aquela empresa pública no prazo excepcional de 24 horas, a contar da ciência deste despacho, previamente à decisão quanto ao deferimento ou não da cautelar (decisão), sem prejuízo de que a Caixa, por prudência, cesse imediatamente a liberação de novos valores a partir de empréstimos nessa modalidade como medida de zelo com o interesse público, até que este Tribunal examine a documentação a ser encaminhada e a entenda apta a demonstrar não estarem presentes as graves irregularidades sugeridas na Representação”, afirma a decisão.
Na ação, o Ministério Público alega que, por causa do ritmo acelerado de liberação de empréstimos consignados pela Caixa a beneficiários do Auxílio Brasil “não é desarrazoado supor que o propósito seja o de beneficiar eleitoralmente o atual Presidente da República e candidato à reeleição”.
A presidente da Caixa, Daniella Marques, disse na segunda-feira (17) que o banco liberou R$ 1,8 bilhão para cerca de 700 mil beneficiários em apenas 4 dias.