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Saúde

Tirzepatida: Estudo internacional indica avanço significativo no tratamento da apneia do sono

Pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade da Califórnia em San Diego e colaboradores internacionais lideraram um estudo avançado em escala global demonstrando o potencial de tirzepatida, conhecida por controlar o diabetes tipo 2, como a primeira terapia medicamentosa eficaz para a apneia obstrutiva do sono (OSA), um distúrbio relacionado ao sono caracterizado por episódios repetidos de respiração irregular devido ao bloqueio completo ou parcial das vias aéreas superiores.


Foto: Gazeta Brasil

Pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade da Califórnia em San Diego e colaboradores internacionais lideraram um estudo avançado em escala global demonstrando o potencial de tirzepatida, conhecida por controlar o diabetes tipo 2, como a primeira terapia medicamentosa eficaz para a apneia obstrutiva do sono (OSA), um distúrbio relacionado ao sono caracterizado por episódios repetidos de respiração irregular devido ao bloqueio completo ou parcial das vias aéreas superiores.

Os resultados, publicados na edição online de 21 de junho de 2024 do New England Journal of Medicine, destacam o potencial do tratamento para melhorar a qualidade de vida de milhões de pessoas em todo o mundo afetadas pela OSA.

“Este estudo marca um marco significativo no tratamento da OSA, oferecendo uma nova opção terapêutica promissora que aborda complicações respiratórias e metabólicas”, afirmou Atul Malhotra, MD, autor principal do estudo, professor de medicina na Faculdade de Medicina da Universidade da Califórnia em San Diego e diretor de medicina do sono na UC San Diego Health.

A OSA pode resultar em níveis reduzidos de oxigênio no sangue e também pode estar associada a um maior risco de complicações cardiovasculares, como hipertensão e doenças cardíacas. Estudos recentes, também liderados por Malhotra, sugerem que o número de pacientes com OSA em todo o mundo está próximo de 936 milhões.

Realizado em dois ensaios clínicos de Fase III, duplo-cegos e randomizados, o novo estudo envolveu uma coorte de 469 participantes diagnosticados com obesidade clínica e que sofrem de OSA moderada a grave. Eles foram recrutados em locais de nove países diferentes, incluindo EUA, Austrália e Alemanha.

Os participantes foram tratados com injeções de 10 ou 15 mg do medicamento ou com placebo, e foram avaliados ao longo de 52 semanas quanto ao impacto da tirzepatida.

Os pesquisadores descobriram que a tirzepatida levou a uma diminuição significativa no número de interrupções respiratórias durante o sono, um indicador-chave usado para medir a gravidade da OSA.

Esta melhoria foi muito maior do que a observada nos participantes que receberam placebo. Importante destacar que alguns participantes que utilizaram o medicamento alcançaram um ponto em que a terapia com CPAP pode não ser necessária. Dados consideráveis sugerem que uma terapia medicamentosa que aborda tanto a apneia do sono quanto a obesidade é benéfica em comparação ao tratamento isolado de cada condição.

Além disso, a terapia medicamentosa melhorou outros aspectos relacionados à OSA, como a redução dos fatores de risco de doenças cardiovasculares e a melhoria do peso corporal. O efeito colateral mais comum relatado foi leve desconforto estomacal.

“Historicamente, o tratamento da OSA envolvia o uso de dispositivos durante o sono, como o CPAP, para aliviar dificuldades respiratórias e sintomas”, disse Malhotra.

“No entanto, sua eficácia depende do uso consistente. Este novo tratamento medicamentoso oferece uma alternativa mais acessível para pessoas que não conseguem tolerar ou aderir às terapias existentes. Acreditamos que a combinação da terapia com CPAP com perda de peso será ótima para melhorar o risco cardiometabólico e os sintomas. A tirzepatida também pode direcionar mecanismos subjacentes específicos da apneia do sono, potencialmente levando a um tratamento mais personalizado e eficaz.”

Malhotra acrescenta que ter uma terapia medicamentosa para a OSA representa um avanço significativo no campo.

“Isso significa que podemos oferecer uma solução inovadora, representando esperança e um novo padrão de cuidado para proporcionar alívio a inúmeras pessoas e suas famílias que têm enfrentado as limitações dos tratamentos existentes”, disse Malhotra.

“Esta descoberta abre caminho para uma nova era no manejo da OSA para pessoas diagnosticadas com obesidade, potencialmente transformando como abordamos e tratamos essa condição tão prevalente em escala global.”

Os próximos passos incluem a realização de ensaios clínicos para examinar os efeitos a longo prazo da tirzepatida.

GAZETA BRASIL

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