Gabriel Medina, o maior surfista brasileiro da história, conquistou a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos nesta segunda-feira (5/8), ao vencer o peruano Alonso Correa na disputa pelo terceiro lugar. Esta é a primeira medalha olímpica da carreira de Medina, que havia terminado em quarto lugar nas Olimpíadas de Tóquio.
Medina, tricampeão mundial, enfrentou um desafio difícil na semifinal, onde foi derrotado pelo australiano Jack Robinson em uma bateria com poucas ondas. No entanto, ele se recuperou e dominou a disputa pelo bronze contra Correa, demonstrando seu talento e experiência nas ondas de Teahupoo.
Durante a bateria contra o peruano, Medina começou com algumas tentativas frustradas, mas logo encontrou seu ritmo. Correa iniciou a disputa com manobras fortes, obtendo uma pontuação de 5,00. Medina, por sua vez, tentou dois tubos, sendo fechado em ambos. No entanto, em um dos momentos decisivos, o brasileiro conseguiu sair de um tubo apertado com uma pontuação de 7,50.
A virada veio quando Medina conseguiu voltar ao outside primeiro que Correa, garantindo a prioridade. Ele usou essa vantagem para pegar o melhor tubo da bateria, marcando 7,77 pontos. Em seguida, repetiu a mesma nota em outra onda, encerrando a disputa com um somatório de 15,54 contra 12,43 do peruano.
A vitória de Medina garantiu a segunda medalha olímpica para o Brasil no surfe masculino. Italo Ferreira, que foi o campeão em Tóquio 2020, não conseguiu se classificar para as Olimpíadas de Paris 2024.
Além do excelente desempenho, a imagem de Medina saindo do tubo com o braço erguido, lembrando um super-herói, tornou-se um dos momentos icônicos das Olimpíadas de 2024, rodando o mundo e capturando a imaginação dos fãs de surfe.
O Brasil ainda tem a chance de conquistar o ouro na categoria feminina com Tatiana Weston-Webb, que enfrentará a estadunidense Caroline Marks na final, também nesta segunda-feira, às 21h57 (horário de Brasília).
GAZETA BRASIL